segunda-feira, 21 de maio de 2012

Estudo Bíblico: Gênesis - Parte 2

...continuação do estudo bíblico do livro de Gênesis......

leia a primeira parte aqui http://betesdaadcaico.blogspot.com.br/2012/05/estudo-biblico-genesis-parte-1.html
Se ainda não teve oportunidade, não deixe de ler as outras partes deste estudo: Gênesis – Parte 3 e Gênesis – Parte 4

Portanto, tanto na primeira genealogia quanto na segunda genealogia do Gênesis, temos que ter em mente que Deus já havia determinado 120 anos como idade limite, mas que isto foi ocorrendo de forma gradual e que se alguns viveram mais, isto foi por decisão de Deus e não por algum fator humano.
2.2 – A instituição divina
Gênesis 2:20-24 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. | Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; | E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. | E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. | Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
Vale a pena fazer um destaque neste texto já que ele representa a criação da única instituição criada por Deus. Foi Deus quem criou o casamento e, portanto, esta instituição deve ser respeitada mais do que qualquer outra. Hoje em dia vemos inúmeros ataques a esta instituição. Muitos são os que falam que “casamento é uma instituição falida”, outros falam que “o homem não foi feito para a monogamia”- defendendo o relacionamento com várias parceiras. Há ainda quem deseje que casais do mesmo sexo também sejam considerados como família.
Não estou aqui discutindo os direitos civis de parceiros do mesmo sexo. Creio que direito a pensão, direito a declaração conjunta do Imposto de Renda, planos de saúde… realmente devem se adaptar a estas uniões no entanto, elas não são nem nunca serão família.
Família é um homem e uma mulher. Isto é o casamento. E os filhos que Deus der. Não há outra possibilidade e somente esta possibilidade agrada a Deus.
Também é interessante notar que a esposa não foi feita nem da cabeça do homem, para não mandar nele, nem nos pés do homem para não ser humilhada por ele. A mulher foi feita da costela para poder estar sempre ao lado dele em pé de igualdade.
Esta visão bíblica é extremamente revolucionária para a realidade da humanidade dos tempos antigos. Na maioria absoluta das culturas antigas a mulher tinha uma posição inferior ao homem, mas Deus já deixava claro, logo no início de tudo, que queria que ambos fossem iguais em poder e responsabilidade.
Também é interessante notar a forma como deveria ser realizado o casamento. Hoje em dia muitos casamentos dão errado pelo simples fato de que são os dois que se escolhem. Inclusive muitos evangélicos não estão deixando que Deus escolha seus parceiros. Isto gera muitos relacionamentos frustrados e separações.
O correto para um casamento dar certo é, desde antes do namoro, que os dois descansem no Senhor (literalmente o texto fala em dormir), deixar Deus agir, deixar que Ele nos apresente quem Ele escolheu para nós e então realizar o matrimônio. Certamente que quem deixa Deus ter o controle do relacionamento terá um casamento abençoado e feliz.
2.3 – O pecado e a queda da humanidade:
O capítulo 3 de Gênesis apresenta o pecado e queda do homem. É interessante notar que até então a humanidade vivia em harmonia com a Terra e que tinha livre arbítrio para escolher cumprir ou não o que Deus recomendava. Também é interessante notar que o homem e a mulher tinham contato direto com Deus e conversavam com Ele todos os dias.
É importante também ressaltar que o pecado original não foi o sexo. Deus criou o homem e a mulher e estes foram criados com seus órgãos genitais para terem relacionamentos sexuais, serem fecundos e também sentirem prazer. O pecado original foi a desobediência ao que Deus falou, veja:
Gênesis 3:1-3 ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? | E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, | Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.”
O fruto proibido também não é nem nunca foi a maçã. Esta representação é totalmente descabida biblicamente falando. A maçã como todas as demais frutas são alimentos dados por Deus que poderiam ser colhidos e comidos livremente. A representação da maçã como sendo o fruto proibido somente teve sua origem já na Idade Média quando os pintores e escultores tiveram que imaginar uma forma para “o fruto proibido” e escolheram a maçã.
A árvore do conhecimento do bem e do mal que estava no jardim do Éden não era uma macieira. Na verdade haviam 2 árvores que hoje em dia não temos noção de como eram. A árvore da vida, que dava seu fruto para que não morrêssemos (esta está agora no céu, na Nova Jerusalém) e a árvore do conhecimento do bem e do mal que era exatamente a que nos deu a capacidade de reconhecer que estamos pecando e que estamos errados (a faculdade mental de julgamento do discernimento do que é certo e do que é errado).
Devido a esta queda é que entramos no período da história que conhecemos no meio secular como origem da humanidade. Notem que é a partir deste ponto é que a História secular começa a contar a história dos seres humanos.
2.4 – As primeiras gerações:
A partir da queda começa a haver a humanidade, daí é que surgem os primeiros seres humanos e a terra começa a ser povoada. Novamente vemos que há uma perfeita harmonia com a arqueologia, antropologia e história. Já se sabe que a humanidade surgiu na região onde hoje consideramos norte da África e Oriente Médio. Muito provavelmente antes esta região era mais unida territorialmente do que é hoje. Nesta região temos os vestígios dos primeiros seres humanos, o que comprova a localização dada claramente na Bíblia.
No capítulo 4 de Gênesis, a Bíblia conta sobre os dois primeiros filhos homens a nascer do casal Adão e Eva, mas é importante notar que em momento algum é dito que Adão e Eva só tiveram estes 2 filhos. Na verdade está bastante claro que o primeiro casal teve vários filhos e filhas e destes surgiu então toda a humanidade.
Sobre o primeiro homicídio, relatado em Gênesis 4, só precisamos destacar que não foi devido ao tipo de oferta, nem devido a quantidade ofertada, mas por causa do coração contrito de Abel em contraste ao coração negro de Caim. Também é importante ressaltar que o texto sobre o primeiro homicídio tem por objetivo apresentar fatos relevantes para a sociedade em geral e os componentes teológicos destes fatos. Por isto é que a Bíblia faz questão de apresentar textos como este do primeiro homicídio.
Sobre a “marca de Caim”, é um erro tentar identificar isto como sendo a cor da pele, ou qualquer outro aspecto. (É importante ressaltar que a geração atual é descendente de Noé e não de Caim pois os descendentes desse pereceram no dilúvio) Certamente foi uma marca que era visível e compreensível, mas não podemos nem devemos falar que seria a cor da pele ou outra coisa qualquer. Bíblicamente falando não existe nada que nos mostre qual era a marca de Caim.
Nos versículos 16 e 17 deste mesmo capítulo 4 existe um texto que gera muitas dúvidas. Fala então que Caim foi para as terras de Node e que ali conheceu sua mulher. Ocorre que a identificação “terra de Node” não significa que já havia um morador (o tal Node) na terra, apenas é a representação geográfica daquela época. É como hoje falarmos que os índios Guarani viviam no Rio de Janeiro. Ora, na época em que estas terras eram dos índios elas não tinham este nome, mas para facilitar-nos na identificação da região geográfica que estamos falando, podemos usar referências atuais para mapear os lugares passados.
Quanto ao texto “ali conheceu sua mulher”, isto é apenas a linguagem poética que a Bíblia utiliza para falar que um casal teve relacionamento sexual. Ocorre que por ser um livro respeitoso e totalmente inspirado por Deus, não ficaria correto utilizar uma linguagem tão baixa e falar que “ali Caim fez sexo com sua mulher pela primeira vez”. A palavra conheceu é usada neste sentido muitas vezes na Bíblia.
Certamente que Caim levou consigo uma de suas irmãs como mulher e ao chegar nesta localidade que posteriormente ficou sendo conhecida como “Terras de Node” ele teve seu primeiro relacionamento sexual com sua esposa e dali gerou filhos e filhas.
Desta forma o “complicado e contrastante” texto Bíblico é na verdade fácil de compreender. Esta aliás é uma das características mais impressionantes da Bíblia. Todo texto bíblico tem uma explicação lógica, fácil e compreensível. Em nenhum texto existe uma contradição mesmo tendo levado 1500 anos para ser totalmente escrita e ter tido mais de 40 autores diferentes a Bíblia é uma única unidade que revela Deus aos homens. Por isto é que Ela é única.
2.5 – Anjos na Terra?
No capítulo 6 existe um versículo que gera muita confusão, trata-se do versículo 2 “Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.
Acontece que se olharmos cuidadosamente, veremos que haviam duas linhagens principais da humanidade na Terra, os filhos de Adão e Eva (principalmente a partir de Sete) e os filhos de Caim com sua mulher.
Como os filhos de Adão (principalmente a partir de Enos filho de Sete) começaram a invocar o Nome do Senhor (Gênesis 4:26), estes foram chamados de Filhos de Deus e como os filhos de Caim eram pecadores e não buscavam a Deus, estes eram chamados de filhos dos homens.
A diferença estava na religiosidade deles e não que tivessem algo fisicamente diferente. Não eram anjos, nem eram outros seres gerados por Deus, apenas eram os que invocavam a Deus (como hoje em dia falamos que os cristãos são “filhos de Deus”).
2.6 – Deus decide destruir a Terra:
O evento do dilúvio é muito interessante. Durante muitos séculos os não cristãos ridicularizavam este evento. Afirmavam ser loucura pensar num barco com representantes de todas as espécies navegando numa chuvarada que alagasse todo o planeta.
Ocorre porém que os textos babilônicos e de outras civilizações do oriente médio também relatam este terrível evento e para comprovar mais ainda, existem textos recém encontrados nos arquivos de textos dos Astecas (Nas Américas) que comprovam também a existência deste grande aguaceiro que dizimou a humanidade.
Portanto, a ciência, a arqueologia e a antropologia, novamente comprovam que o relato de Gênesis está em acordo com a história verdadeira.
É interessante notar que isto também explica encontrarmos em áreas tão longe dos mares como Minas Gerais (por exemplo) restos de conchas e esqueletos de animais marinhos. Certamente que aquele lugar esteve submerso em água a algum tempo, e este tempo é o tempo onde consideramos ter havido o dilúvio.
Pelo lado da ciência já é dito que no final da última era glacial deve ter ocorrido um grande aumento no nível dos mares o que poderia ter levado a extinção de diversos animais, inclusive seres humanos.
2.7 A idade dos seres humanos:
Note que a princípio as idades eram bastante longas, pessoas como Matusalém viveram mais de900 anos, porém aos poucos Deus foi reduzindo esta idade e chegou a conta de 120 anos.
Na época em que a Bíblia foi escrita e até mesmo na Idade Média, dificilmente os seres humanos viviam mais do que 50 ou 60 anos. Portanto é uma grande bênção Deus falar que a idade era 120 anos.
Falo isto porque hoje em dia já está provado que é possível vivermos 120 anos. A coincidência não pode ser obra do acaso. A ciência hoje em dia acredita que a idade ideal para o ser humano falecer é 120 anos e que em poucos anos a população mundial estará neste patamar.
Hoje em dia a média já é bem maior do que os 50 ou 60 anos da Idade Média, já existem países que em média a população vive 78 a 80 anos (países do Norte da Europa) e a média só está aumentando em todos os países desenvolvidos.
Como constatado, a ciência novamente comprova o que a Bíblia já afirmava. Podemos ter a certeza de que não é mera coincidência, tudo na Bíblia acaba sendo comprovado, mais cedo ou mais tarde, e só demora por causa da falta de capacidade humana em reconhecer na Bíblia a única fonte fidedigna de fé.

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