(revisado por Natália Póvoas)
Hoje você está na faculdade, tem entre 18 e 24 anos. Mas, e amanhã?
Você se forma. Arruma um emprego. Casa-se. Tem filhos. Procura mais alguns empregos. Compra uma casa. OK! Mas, E DEPOIS?
Você vai jogar futebol com seus filhos. Tenta ser um bom pai e um bom cônjuge. Você vê seus filhos indo ao baile de formatura do segundo grau, mesmo parecendo que ainda ontem eles usavam fraldas. Você faz e diz as mesmas coisas que seus pais fizeram e disseram, mesmo tendo jurado que jamais agiria como eles.
Você já passou pela crise da meia idade duas vezes. Seus filhos se formam na faculdade. Você ganha netinhos. Alguém te chama de vovó ou vovô. Você vive a sua vida descansando, extraindo o rendimento do fundo de aposentadoria. Você caminha de manhã. Trabalha no jardim. Lê o jornal. Assiste a TV. Fala ao telefone com seus filhos e netos. Viaja.
OK! Mas, E DEPOIS?
Bem, aí um dia você morre. Se você tiver sorte, terá uma vida relativamente longa. De setenta a noventa anos, se não morrer prematuramente de câncer ou acidente de carro. Mas, de qualquer forma, é inevitável que você morra um dia. A morte é o amanhã que nos espera, e ninguém está isento disso.
Mas será que é só isso? Não há nada além disso?
Algum dia você será só um cadáver. Eles irão enterrar seu corpo na terra ou queimarão seu corpo e colocarão suas cinzas numa urna. A grande questão é: “Vou desaparecer depois disso? Ainda haverá uma essência de MIM em algum lugar? Existe mesmo vida após a morte?”.
No fundo, todos nós esperamos que haja algo após a morte. Talvez bem no fundo da nossa mente estejamos planejando alguma coisa para esse “futuro eterno”.
Que tipos de planos? Algum tipo de vida depois da morte. Alguns chamam de paraíso. Outros chamam de céu. Alguns também falam sobre inferno.
Outro pensamento que muitas pessoas cultivam ao longo da vida, geralmente em seu subconsciente, é: “Eu sou uma boa pessoa, então devo ir para o céu algum dia”.
Será que é assim mesmo que funciona?
Muitas pessoas se acham “boas o suficiente” para o céu. Isso é uma suposição que fazemos. Se não roubamos um banco, ou não matamos alguém, ou não sonegamos impostos, achamos que somos justamente o tipo de pessoa que Deus está procurando para povoar o seu Lar. Para nós, somos bons o suficiente. Na bilheteria do céu, compramos nossos ingressos somente por sermos boas pessoas ao longo de toda a nossa vida.
Mas e se esse pensamento estiver errado? E aí? Que problemão teremos se estivermos errados sobre isso! Que fora!
Se você se acha suficientemente bom para o céu, existem duas considerações a fazer:
1. Se o céu é um lugar de perfeição, como pode alguém ser bom o suficiente?
A maioria de nós diria que tem um “esqueleto no armário”. Pelo menos um. Alguma coisa que esperamos que ninguém nunca descubra a nosso respeito. Um erro no nosso passado. Uma decisão infeliz. Um momento de fraqueza ou de estupidez que não gostamos nem de lembrar.
Esse é o extremo. Mas há uma série de outras coisas comuns que não gostaríamos que fosse descoberta. Podem ser as mentirinhas “inofensivas” que contamos. Ou as coisas que falamos pelas costas dos outros. Ou como copiamos o dever de casa de alguém. Ou as palavras torpes que dizemos às pessoas. Ou os pensamentos maus que temos sobre alguém.
Muito mais do que um evento lamentável, sabemos que, se examinarmos minuciosamente a nossa vida, encontraremos uma enorme sucessão de erros. Geralmente não fazemos o que acreditamos ser certo. E constantemente fazemos o que consideramos errado.
Todos nós, até mesmo as pessoas que podem ser consideradas basicamente boas, somos basicamente egoístas e muito imperfeitos.
Tudo o que fazemos é visto por Deus. Então, isso quer dizer que não podemos enganá-lo. Ele está perfeitamente ciente de todo bem que não fizemos (e que poderíamos ter feito) assim como de todo mal que fizemos. Ele também sabe todos os nossos pensamentos e razões.
Aqui está a segunda coisa para considerarmos se realmente acreditamos que somos bons o suficiente para merecer o céu:
2. É possível ser uma pessoa basicamente boa e ainda assim rejeitar Deus?
Imagine um homem chamado Raul. Ele é uma “boa” pessoa. Era ético em seu trabalho. Nunca roubou nem um grampo de ninguém. Ele era um marido e um pai fiel. Era cuidadoso com seus filhos. Fez sacrifícios por eles e por sua esposa (alguém a quem ele nunca enganou). Ele até contribuiu para algumas obras de caridade ao longo da vida.
Mas Raul, apesar de ser bom em alguns aspectos, nunca deixou Deus entrar em sua vida. Muitas vezes, Raul sentiu o desejo que Deus tinha de fazer parte da vida dele. Era como se Deus estivesse batendo à porta de seu coração. Mas ele nunca abriu a porta e sempre inventou desculpas para não abrir. Ironicamente, uma das desculpas mais usadas era: eu tenho sido uma boa pessoa, e eu irei para o céu”.
Raul queria ir para o céu. Todos querem. Mas, na realidade, Raul não queria conhecer Deus. E ele nunca parou para analisar as graves conseqüências daquela decisão (a decisão de manter Deus fora da sua vida).
Pare e pense. O céu é o Lar de Deus. Se Raul não quis conhecer Deus durante toda a sua vida na Terra, porque gostaria de conhecer Deus depois da morte? Em outras palavras, o que Raul não calculava era o quanto ele REPUGNAVA o céu.
O céu é um lugar onde Deus sempre está presente. É como se cada cantinho refletisse a face de Deus, constantemente. Que lugar horrível para Raul!
Raul sempre pensou que o céu fosse um lugar de extremo conforto, mas nunca parou para pensar como seria desconfortável para ele, no final das contas, já que ele não quis conhecer nem desenvolver um relacionamento com Deus. Para Raul, o céu não seria céu, mas sim um tipo de inferno.
Você deixaria alguém que nunca quis saber de você entrar em sua casa, mesmo sabendo que tudo naquele ambiente faz parte de você?
Muitas pessoas são como Raul. Elas querem o céu, mas não querem a Deus. E não percebem que assim, sob essas circunstâncias, o céu seria um péssimo lugar para estar.
Talvez a verdade dos fatos seja que o céu é para aqueles que sabem que não são bons o suficiente para estar lá, mas que, apesar de tudo, querem estar lá somente porque é lá que Deus está. Eles querem conhecer a Deus e ficar com Ele para sempre. A recompensa da vida após a morte não é o céu, mas especialmente seu Anfitrião.
Você quer conhecer Deus? Quer saber como se tornar “bom o suficiente” para merecer o céu? Veja: “Conectando-se”.