quinta-feira, 28 de junho de 2012

Estudos Bíblicos: SODOMA E GOMORRA


















“Então o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre
Sodoma e Gomorra; e destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os
moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra.”
Gênesis 19:24-25

Os cientistas britânicos Alan Bond, diretor da empresa de propulsão espacial Reaction Engines, e Mark Hempsell, especialista em astronáutica da Universidade de Bristol, decifraram as inscrições cuneiformes de um bloco de argila datado de 700 a.C.
Eles concluíram se tratar do testemunho lavrado por um astrônomo sumério descrevendo a passagem de um asteróide cujas características se assemelham à chuva de fogo que arrasou as cidades de Sodoma e Gomorra.
As informações circularam largamente por órgãos de imprensa como a BBC Brasil ou diários como o Times de Londres, La Stampa de Turim, ou The Australian.
Elas são objeto de crítica e análise . Os especialistas reuniram dados e conclusões no livro “A Sumerian Observation of the Kofels Impact”, publicado em Londres.
A tabuleta foi descoberta nas ruínas de Nínive por Sir Henry Layard em meados do século XIX. Estava exposta no British Museum. Ela é conhecido como “Planisfério” (foto) e há 150 anos os cientistas vêm disputando sobre seu verdadeiro significado.
No objeto há anotações de um astrônomo milhares de anos atrás.
O “Planisfério” é uma cópia feita por volta do ano 700 a.C. de uma tabuleta suméria muito anterior.
Bond e Hempsell apelaram a tecnologias computadorizadas para simular a trajetória de objetos celestes. Assim reconstruíram o céu observado por esse astrônomo há milhares de anos.
Os cálculos apontaram que o evento descrito aconteceu na noite do dia 29 de junho de 3123 a.C., de acordo com o calendário juliano.             
Os pesquisadores interpretam que a metade do "Planisfério" informa a posição dos planetas e das nuvens. A outra metade descreve a trajetória de um asteróide de mais de um quilômetro de diâmetro.
Mark Hempsell diz que, pelo tamanho e rota do objeto, pode se tratar do asteróide que caiu na região de Köfels, nos Alpes austríacos.
O meterorito não deixou cratera, pois provocou enorme desabamento no morro contra o qual bateu.
O asteróide teria voado próximo ao chão, e as ondas supersônicas que produziu impactaram a Terra com força cataclísmica.
O meteorito teria gerado uma bola de fogo com temperaturas de até 400ºC e teria devastado por volta de 1 milhão de quilômetros quadrados.
Segundo Hempsell a devastação se assemelha à descrição bíblica da destruição de Sodoma e Gomorra, e catástrofes mencionadas em mitos antigos.
Para o pesquisador a nuvem de fumaça causada pela explosão do asteróide teria atingido o Sinai, algumas regiões do Oriente Médio e o norte do Egito.
Em Köfels, há traços de um impacto cósmico que provocou o desabamento numa área de 5 quilômetros de largura.
Nenhuma forma de vida deve ter sobrevivido em tal vez centenas de quilômetros em volta.
Para Hempsell e Bond a trajetória do meteorito descrita na tabuleta leva a achar que no seu percurso, o asteróide causou pavorosas destruições numa longa faixa. Sodoma e Gomorra estavam nessa faixa e teriam sido destruídas pelo fogo e pela onda de impacto provocada pelo meteorito.
O livro de Gênesis assim descreve o acontecimento:


Genesis 18:

20. O Senhor ajuntou:
“É imenso o clamor que se eleva de Sodoma e Gomorra, e o seu pecado é muito grande.
21. Eu vou descer para ver se as suas obras correspondem realmente ao clamor que chega até mim; se assim não for, eu o saberei.”
Abraão que “ficou em presença do Senhor” fez apelo para salvar as cidades ímpias. Abraão obteve que Deus pedoasse as cidades se nelas e encontrasse dez justos.
32. Abraão replicou: “Que o Senhor não se irrite se falo ainda uma última vez! Que será, se lá forem achados dez?” E Deus respondeu: “Não a destruirei por causa desses dez.”
33. E o Senhor retirou-se, depois de ter falado com Abraão, e este voltou para sua casa. 
Porém, nem esses dez justos havia. Dois anjos foram até Sodoma para tirar Lot e sua família. Mas foram percebidos pela população que rodeou a casa de Lot e exigiu com violência que lhes fossem entregues para abusarem deles.
9. Eles responderam: “Retira-te daí! – e acrescentaram:
Eis um indivíduo que não passa de um estrangeiro no meio de nós e se arvora em juiz! Pois bem, verás como te havemos de tratar pior do que a eles.”
E, empurrando Lot com violência, avançaram para quebrar a porta.
10. Mas os dois (viajantes) estenderam a mão e, tomando Lot para dentro de casa, fecharam de novo a porta.
11. E feriram de cegueira os homens que estavam fora, jovens e velhos, que se esforçavam em vão por reencontrar a porta.
12. Os dois homens disseram a Lot:
“Tens ainda aqui alguns dos teus? Genros, ou filhos, ou filhas, todos os que são teus parentes na cidade, faze-os sair deste lugar,
13. porque vamos destruir este lugar, visto que o clamor que se eleva dos seus habitantes é enorme diante do Senhor, o qual nos enviou para exterminá-los.”
14. Saiu Lot, pois, para falar a seus genros, que tinham desposado suas filhas: “Levantai-vos, disse-lhes, saí daqui, porque o Senhor vai destruir a cidade.
” Mas seus genros julgaram que ele gracejava.
15. Ao amanhecer, os anjos instavam com Lot, dizendo: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que estão em tua casa, para que não pereças também no castigo da cidade.”
16. E, como ele demorasse, aqueles homens tomaram pela mão a ele, a sua mulher e as suas duas filhas, porque o Senhor queria salvá-los, e o levaram para fora da cidade. (Gen, 19-ss)


A tese defendida pelos britânicos Alan Bond e Mark Hempsell tem verossimilhança. Porém ainda deve passar pelo crivo da crítica científica. Isto pode demorar anos e trazer tal vez enriquecimentos ou modificações importantes. Ou até sua substituição por outra. Ou a sua confirmação, seja pela demonstração definitiva, seja pelo consenso dos cientistas prudentes.
A proposta, entrementes, não deixa de fornecer valiosos elementos para a reflexão.
A dedução de Bond e Hempsell explicaria a “causa segunda” empregada por Deus para gerar a formidável massa de fogo capaz de provocar a “grande fornalha” que “destruiu essas cidades e toda a planície, assim como todos os habitantes das cidades e a vegetação do solo”: um meteorito que causou profunda impressão nos astrônomos caldeus que o viram passar.
O local estimado de Sodoma e Gomorra fica nas vizinhanças do Mar Morto, nos sítios arqueológicos de Bâb ed-Dhra e Numeira.

A HISTÓRIA
As cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela pertenciam a idade do bronze,
(4.000 a 2.000 a. C.) que teria se iniciado no Oriente Médio.
Segundo a bíblia o "pecado" cometido pelos sodomitas era a pederastia e todo o tipo de perversão sexual.

Aqui cabe um adendo. Em Ezequiel 16:49-50 lemos o seguinte:

49- "Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado."
50- "E se ensoberbeceram, e fizeram abominações diante de mim; portanto, vendo eu isto as tirei dali."

Daí depreendemos que o profeta Ezequiel revela o real motivo que fez com que o clamor da cidade chegasse até os céus.

(Disse mais o SENHOR: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito,
Descerei agora, e verei se com efeito têm praticado segundo o seu clamor, que é vindo até mim; e se não, sabê-lo-ei. Gênesis 18:20-21 ” )
A palavra "clamor", que significa  *"Brado (de quem se queixa, protesta ou reclama)", em hebraico é tsa’aq, que significa “gritar, clamar por socorro”. Logo, o "clamor" que chegou até o céu não dizia respeito ao nível de pecaminosidade que aquela cidade atingiu, mas ao grito dos oprimidos muito bem especificados em Ez.16:49; ou seja, tinham fartura, soberba, ociosidade abundante mas oprimiam ao pobre e ao necessitado. Esse sim foi o pecado de Sodoma.


Na época, de acordo com crenças da região, o sexo fazia parte dos rituais aos deuses e deusas da fertilidade.
Naquela região o culto parece ter se direcionado à DEUSA-LUA, sendo mais disseminado na Babilônia. Foi também Astarte em Canaã, Atar na Mesopotâmia, Astar em Moab, Estar na Abissínia e Astarte na Grécia.


DEMÉTER
Entretanto, Deméter parece ser o termo genérico para qualquer manifestação desta grande deusa poderosa, a "Magna Dea do Oriente".
Ishtar é uma herança suméria, cuja civilização é conhecida como a mais antiga da humanidade, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia.






OS SUMÉRIOS

No que se refere aos sumérios, evidências arqueológicas datam o início de sua civilização em meados do quarto milênio a.C.
Entre 3500 e 3000 a.C. houve um florescimento cultural, e a Suméria exerceu influência sobre as áreas circunvizinhas, culminando na dinastia de Ágade, fundada em aproximadamente 2.340 a.C. por Sargão I, sendo que este, ao que tudo indica, seria de etnia e língua semitas quando este povo originais ainda detinham a pureza racial.
Depois de 2000 a.C. a Suméria entrou em declínio, sendo absorvida pela Babilônia e pela Assíria.
Mas, uma das versões para o pecado cometido nas cidades-estado da região do Vale de Sidim certamente seria a rudeza com a qual tratavam os estrangeiros.
A hospitalidade dentre os nômades da região era um valor extremamente rígido, o qual, mais tarde, fora transformado em valor bíblico pelos hebreus.
Os sumérios eram politeístas. Porém os deuses serviam mais para resolver problemas terrenos do que solucionar os problemas que fazem parte do pós morte.
Na visão dos sumérios, os deuses tinham comportamentos parecidos com o das pessoas, praticavam o bem e o mal, e eram muito mais temidos do que amados.
Quanto à religião, as práticas e crenças adotadas pelos sumérios variaram largamente através do tempo e distância, cada cidade possuindo sua própria visão mitológica e/ou teológica.
Entre as principais figuras mitológicas adoradas pelos sumérios, é possível citar An, deus do céu; Nammu, a deusa-mãe; Inanna, a deusa do amor e da guerra (equivalente à deusa Ishtar dos acádios); e Enlil, o deus do vento.
Cada um dos deuses sumérios era associado a cidades diferentes, e a importância religiosa a eles atribuída intensificava-se ou esmorecia dependendo do poder político da cidade associada.
Segundo a tradição suméria, os deuses criaram o ser humano a partir do barro com o propósito de serem servidos por suas novas criaturas.
Quando estavam zangados ou frustrados, os deuses expressavam seus sentimentos através de terremotos ou catástrofes naturais: a essência primordial da religião suméria baseava-se, portanto, na crença de que toda a humanidade estava à mercê dos deuses.

A LISTA DOS DEUSES DOS SUMÉRIOS


A religião suméria era politeísta caracterizada por deuses e deusas antropomórficos representando forças ou presenças no mundo material.
Os deuses originalmente criaram humanos como servos para si mesmos, mas os libertaram quando se tornaram difíceis demais de se lidar.
Muitas histórias na religião suméria aparecem homólogas a histórias em outras religiões do Oriente Médio.
Os deuses e deusas da Suméria têm representações similares nas religiões dos acadios, cananeus, babilônios e outros.
Da mesma forma, um número de histórias relacionadas a divindades têm paralelos gregos; por exemplo, a descida de Inanna ao submundo está impressionantemente ligada ao mito de Perséfone.
Cosidera-se este povo como os criadores da Astronomia, uma vez que foram encontradas inscrições astronômicas cuja data aproxima-se de 4.500 a. C.. além de textos sobre o Sistema Solar e movimentos de planetas em torno do Sol.


OS ACÁDIOS

Os acádios, grupos de nômades vindos da Siria, começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumérias, terminando por dominar as cidades-estados desta região por volta de 2.250 a.C..
Mesmo antes da conquista, porém, já ocorria uma síntese entre as culturas suméria e acádia, que se acentuou com a unificação dos dois povos. Os ocupantes assimilaram a cultura dos vencidos, embora, em muitos aspectos, as duas culturas mantivessem diferenças entre si, como por exemplo - e mais evidentemente - no campo religioso.
Próximo a 2.000 a.C., a região da Mesopotâmia constitui-se em um grande e unificado império que tinha como centro administrativo a cidade da Babilônia, situada nas margens do rio Eufrates.


OS AMORITAS



Os amoritas, povos semitas proveniente da Arábia, edificaram o Primeiro Império Babilônico.

Este povo é conhecido também como "antigos babilônicos", o que os diferencia dos caldeus, fundadores do Segundo Império Babilônico, denominados NEOBABILÔNICOS.

OS ASSÍRIOS



Quanto aos assírios, povo de origem semita, viviam do pastoreio e habitavam as margens do rio Tigre.
Por volta de 1.300 a.C., passaram a se organizar como sociedade altamente militar e expansionista.
Realizaram diversas conquistas e expandiram seu domínio para além da própria Mesopotâmia, chegando ao Egito.
O centro administrativo do império assírio era Nínive.


OS CALDEUS
Os caldeus também eram um povo de origem semita que se estabeleceu na Mesopotâmia por volta de 600 a.C.. Foram os principais responsáveis pela derrota dos assírios e pela organização do novo império babilônico. Porém seu império durou uns 70 anos e foi submetido ao Império persa.


OS CANANEUS
Os habitantes de Canaã, cananeus, que compunham sete nações distintas, os heteus, os gergeseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Mas certamente deveriam ser muito mais povos que os ora mencionados.
O nome cananeus era a designação geral de todos os habitantes da região; em sentido mais restrito, aplica-se aos habitantes da planície de Esdraelon e planícies em volta. Descendentes de Canaã, (filho de Cam, neto de Noé). são descritos pela Bíblia como grandes e poderosos, compunham 7 nações distintas e numerosas (os heteus, gergeseus, amorreus, cananeus, ferezeus, heveus e os jebuseus) , aplica-se aos habitantes da planície de Esdraelon e planícies em volta. 
"Amorreus" era também uma designação geral, algumas vezes aplicada a todos os habitantes, porém mais especificamente a uma tribo que habitava ao oeste do Mar Morto,que conquistara o território a leste do Rio Jordão, afastando os amonitas.
"Ferezeus" e "Jebuseus" ocupavam as montanhas do Sul.
"Heveus" e "heteus", grupos dispersos do poderoso reino do Norte que tinha sua capital em Carquemis, ocupavam a região do Líbano.
"Gergeseus", pensa-se que habitavam a leste do mar da Galiléia, embora nada se saiba ao certo sobre eles.
Os Cananeus são descritos pela bíblia como grandes e poderosos; idólatras, supersticiosos, profanos e iníquos.


RUÍNAS DO TEMPLO DE BAAL, SÍRIA
A religião dos cananeus estava já bem estabelecida na Palestina antes da Conquista israelita.
Era bem elaborada em seus ritos e perfeitamente identificada com os interesses e as ambições de uma população agrícola.
Era identificada com a natureza e tinha como objetivo ensinar aos homens a cooperarem e controlarem o ciclo das estações. Entre as suas muitas divindades, Baal era o seu deus principal, o "Senhor da Terra", que também era o deus do tempo atmosférico.

Astarote, mulher de Baal era a personificação do princípio reprodutivo da natureza, Istar era o seu nome babilônico, Astarte, seu nome grego e romano.

Os templos de Baal e Astarote eram comumente próximos.
Sacerdotisas eram prostitutas dos templos. Os Sodomitas eram homens da mesma espécie que também agiam nos templos.
Existiam outros deuses cananeus e o culto a eles consistia em orgias. Os cananeus tinham como prática religiosa comum o sacrifício de crianças.

Em escavações feitas por Macalister em Gezer, 1904-1909, foram encontradas ruínas de um "Lugar Alto", que tinha sido um templo, no qual ocorria a adoração de Baal e Astarote.

Sob os detritos, neste local, foram encontrados uma grande quantidade de jarros contendo despojos de crianças recém-nascidas, que haviam sido sacrificadas a Baal. A área inteira se revelou como sendo cemitério de crianças.



Despojos de uma criança num jarro


Túmulos de crianças em Cartago


Figura de uma criança esculpida
no próprio túmulo.















Altar em Petra. O lugar onde era depositado o coração das vítimas

Em Megido, Jericó e Gezer as escavações revelaram que era comum o "sacrifício dos alicerces"; quando se ia construir uma casa, sacrificava-se uma criança, cujo corpo era metido num alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família.
Israel não fez aliança com os cananeus, não se misturararam com eles em casamento, não seguiram sua idolatria e seus costumes. 
Israelitas e cananeus guerrearam até que estes foram destruídos.
A principal cidade Cananéia era Ugarit, cujo apogeu ocorreu de cerca de 1.450 a 1.200 a.C..

No que se refere à religião ugarítica, esta estava centrada no deus-chefe, Ilu ou El, o "pai da humanidade", "criador da criação". A corte de El ou Ilu era chamada de Ihm ou Elohim, (deuses).
Os mais importantes entre os principais deuses eram Hadad, o rei dos Céus, Athirat , Yam (ou "Mar", o deus do caos primordial, das tempestades e da destruição em massa) e Mot ("morte").
Outros deuses venerados em Ugarit eram Dagon ("grão"), Tirosh HoronReshef ("cura"), o artesão Kothar -wa-Khasis ("hábil e esperto"), Shahar ("amanhecer") e Shalim ("anoitecer").
Os textos ugaríticos forneceram aos acadêmicos uma riqueza de informações sobre a religião dos canaanitas, e suas ligações com a religião dos antigos israelitas.
A religião de Ugarit e a religião da antiga Israel não eram a mesma, mas existiam algumas notáveis concidências.
Por exemplo, o nome da suprema autoridade divina em Ugarit era El, um dos nomes do Deus de Israel. El era descrito como um deus de idade avançada, com cabelos brancos, sentado em um trono.
No entanto, em Ugarit, El era o soberano, mas outro deus administrava as coisas na terra por El como seu vizir.
O nome deste deus era Baal, um nome muito familiar para qualquer um que tenha lido o Antigo Testamento. 
Em Ugarit Baal era conhecido por diversos títulos: "rei dos deuses", "o altíssimo", "príncipe Baal", e "o cavaleiro das nuvens".

A posição de Baal como "rei dos deuses" em Ugarit, o vizinho do norte de Israel, ajuda a explicar o "problema de Baal" no Antigo Testamento.
"Jebuseus" eram uma tribo dos povos cananeus que originalmente habitava a região em torno de Jerusalém, até a conquista da cidade de Jebus (Jerusalém) pelos israelitas, por volta de 1.000 a.C..
Quanto aos heteus, parece se remeterem aos hititas, que mencionaremos mais adiante.
Os limites de todos estes povos variam e em diferentes épocas ocuparam diferentes lugares.


OS HEBREUS


Os hebreus, ao que parece, sua origem está na cidade de Ur, fundada por sumérios, cuja organização política era semelhante a uma confederação de cidades-Estado, governadas por um chefe religioso e militar que eram denominados patesi.
Este povo organizou sua população em diversos clãs patriarcais seminômades. 
Esses grupos familiares se dedicavam principalmente à criação de gado ao longo dos oásis espalhados no deserto da Arábia. 
A história dos hebreus se inicia por volta de 2.000 a.C. e estes convivem com outras civilizações expansionistas do mesmo período.
A primeira fase da história política dos hebreus ficou conhecida como Período dos Patriarcas. 
Nessa época, a população hebraica esteve subordinada à liderança de um membro das tribos que concentrava em suas mãos funções jurídicas, militares e religiosas.
A economia era sustentada por meio das atividades pastoris que se desenvolviam por meio de constantes deslocamentos populacionais às regiões férteis da Palestina.

ABRAÃO

A terra dos cananeus, Canaã, segundo a crença hebraica, era a terra prometida para Abraão e os patriarcas como herança. Abraão residiu nesta terra e os hebreus viveram nela até um período anterior a história de José.
A fome então retira os hebreus de Canaã e os traz para o Egito. Após o êxodo, o povo hebreu retorna a Canaã, o que culminou na conquista desta terra e na sua divisão entre as tribos israelitas.

A religião de Jeroboão no reino do norte absorveu o culto de Baal, e em pouco tempo parecia não haver diferença entre os dois cultos ou, se ela existia, era tão ínfima que venerar um ou o outro era apenas uma questão teológica; foi com este tipo de problema que os profetas de Israel tiveram que lidar.


OS HITITAS

Os hititas eram um povo indo-europeu que, por volta de 2.000 a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C..

Os hititas conservaram vários rituais religiosos dos hatti, seus antepassados, tanto transcrevendo a lingua hatti em escrita cuneiforme quanto traduzindo textos hatti para a língua nesita.
Os nomes dos deuses hatti são bem conhecidos:

·         A deusa-sol de Arinna, divindade do mundo subterrâneo, corresponde à deusa hatti Wurushemu. Seu companehro, o deus-sol do Céu, é Eshtan.
·         O deus da tempestade, associado de maneira geral à água, chamava-se Taru (donde viria o hitita Tarhunta) e tinha dois importantes santuários no país hatti, em Neric e em Zippalanda.
·         O deus agrário hitita Telebinu, filho de Wurushemu e de Eshtan, é sem dúvida de origem hatti. Outros deuses hatti importantes são Wurunkatte, deus da guerra; Inara, o "Gênio de Hatussha"; Halmasuit, a deusa-trono; e Kunzanisu, deusa lunar.

Ao que parece guerras civis esfacelaram o Império hitita por volta dos séculos XIII-XII a.C.. Não se sabe qual foi o destino deste povo.



OS FILISTEUS

Quanto aos filisteus, a teoria mais aceita cientificamente baseia-se na hipótese de se tratava de um grupo Indo-Europeu que veio a conviver durante séculos com os povos semitas da região de Israel, tendo migrado para a região por volta de 1.200 a. C.. 
Fundaram cinco cidades: Asod, Ascalon, Ekron, Gaza e Gat.
A primeira notícia que se tem sobre os Filisteus surge de relatos Egípcios sobre os Povos do Mar. 
Ao que parece eram levas de migrantes que vieram por mar para o atual Egito. 
As crônicas egípicias registram que entre estes povos encontravam-se os Filisteus, (Peleset) mas havia ainda outros.
Os filisteus desapareceram da História. Um povo inteiro deixou de existir. 
Ainda se debate como e porquê isto aconteceu. 
Alguns acreditam que eles foram culturalmente assimilados durante a sua estadia na Babilônia. 
Como isto pode ocorrer em tão pouco tempo, levanta discussões interessantes entre historiadores e antropólogos.
 Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela 


Dessa forma, ao que tudo leva a indicar, as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela parecem ter sido cidades sumérias, pois seu tempo e certas práticas remetem a este povo.

A primeira idade do bronze, que antecede a bíblia data de 4.000 a 3.150 a.C., sendo que este período se destacou pelo crescimento da urbanização e desenvolvimento da agricultura e do comércio.
Há menção de que ao final da primeira idade do bronze, houve uma interrupção das relações comerciais com o Egito e um declínio da cultura urbana com retorno ao nomadismo.
Não se sabe se isso foi causado por invasões ou por alguma alteração climática. Somente se tem o registro do retorno à vida urbana apartir de 2.000 a.C. (idade do bronze média), quando reaparece a cultura cananéia e retornam as relações comerciais com o Egito.
Quanto ao povo hebreu, este conforme visto anteriormente, passou a se organizar em clãs a partir de 2.000 a.C., o que vai ao encontro do retorno da ordem local.

A CIDADE DE UR

Dessa forma, nos parece que Abraão deve ter saído de Ur por volta do final da primeira idade do bronze, quando ocorreu o declínio da vida urbana e o retorno à vida nômade, embora não se saiba ao certo quando o fato de sua saída de Ur tenha ocorrido.

 O QUE DESTRUIU AS CIDADES DO VALE DE SIDIM?

De acordo com um bloco de argila encontrado por Henry Layard em meados do século 19, Conhecido como "Planisfério", o qual permanecia como um mistério para os acadêmicos, descobriu-se que se trata do testemunho feito por um astrônomo sumério sobre a passagem de um asteróide - que pode ter causado a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra.
Segundo os pesquisadores Alan Bond, da empresa Reaction Engines e Mark Hempsell, da Universidade de Bristol, os eventos descritos pelo astrônomo sumério são da noite do dia 29 de junho de 3123 a.C. (calendário juliano).
Segundo os pesquisadores, metade do bloco traz informações sobre a posição dos planetas e das nuvens e a outra metade é uma observação sobre a trajetória do asteróide de mais de um quilômetro de diâmetro.
De acordo com as observações do astrônomo sumério, este objeto passou pelas constelações de Peixes, Pegassus, Á guia em linha reta.
De acordo com Mark Hempsell, pelo tamanho e pela rota do objeto, é possível que este se tratasse de um asteróide tipo Aten que teria se chocado contra os Alpes austríacos, na região de Köfels, onde há indícios de um deslizamento de terra grande.
O asteróide não deixou cratera que pudesse evidenciar uma explosão. Isso se explica, segundo os especialistas, porque o asteróide teria voado próximo ao chão, deixando um rastro de destruição por conta de ondas supersônicas, e se chocado contra a Terra em um impacto cataclísmico.

Não há menção de uma cratera em Köfels, o que pode também sugerir uma explosão no ar.
Segundo documentário da Discovery Channel "A Bíblia Mistérios Revelados",examinaram-se gelos provenientes de geleiras do Tibet, dos Andes e da Groenlândia e, segundo registros, parece ter havido uma glaciação repentina há uns 5.200 anos.
Este impacto no clima pode ter causado secas na África e Oriente Médio, o que teria gerado sérios problemas às civilizações desses locais, sem considerar o fato de que cataclismas como estes podem ter conseqüências que perduram por milhares de anos.
Quanto ao fato da esposa de Ló ter se tornado uma "estátua de sal", pode ser explicado da seguinte forma:
A história em questão pode ser tratada como uma etiologia, ou seja, uma explicação de causas e fenômenos naturais por meio de interpretações relacionadas ao meio que circunda o indivíduo ou aos seus mitos e crenças, muito comum em atribuir significados e explicações por meio de lendas.
No caso em questão, ao ir olhar o que se passava ou ter ficado para trás, a esposa de Ló pode ter sido instantaneamente envolvida por algo semelhante a uma nuvem piroclástica, gerada pela queda próxima a ela de uma rocha derretida resultante da entrada de escombros.
O fenômeno pode ter se dado tal como em Pompéia: poeira entre 300 e 600 graus Celsius envolveram repentinamente o corpo da mulher e a tornaram uma estátua.
Ao verem o corpo da mulher naquela forma, Ló e suas filhas fizeram uma analogia com as formações de sal do Mar Morto, as quais se assemelham a estátuas, daí o mito da estátua de sal.
Mas resta a pergunta: por que Zoar teria sido poupada?
Como se pode perceber ao lado, parece haver zona de entrada de escombros sobre as cidades destruídas, sendo que Zoar estava bem aquém desta linha. 
Daí a razão de ter sido poupada.
 As áreas atingidas, exceto em pontos do Egito e da região do crescente fértil, provavelmente estariam desabitadas há 5 mil anos.

NOTA:
A explicação bíblica sobre a mulher de Ló ter sido petrificada por olhar para trás, têm o significado de que mesmo as cidades de Sodoma e Gomorra serem na época palco de sacrificios a Deuses e práticas sexuais desenfreadas, mesmo assim, a esposa de Ló não queria perder o que tinha e com isso, olhou para trás, desobedecendo as ordens de Deus.
”(Gênesis 19:26)



E sobre Zoar?
Zoar não fora condenada por Deus, apenas Sodoma e Gomorra, que despareceu da face da Terra.


*Dicionário Priberam da Língua Portuguesa -  2012 Priberam Informática, S.A. Todos os direitos reservados

Extraído de: http://souquimica.blogspot.com.br/2012/02/sodoma-e-gomorra.html
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