domingo, 30 de setembro de 2012

os três conselhos





Um casal de jovens recém casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez uma proposta à esposa:

- Querida eu vou sair de casa e vou viajar para bem distante, arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha condições de voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável.
Não sei quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: que você me espere e, enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei fiel a você.
Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudar em sua fazenda.
Ele se ofereceu para trabalhar, e foi aceito. Sendo assim, ele propôs um pacto ao patrão:

- Patrão eu peço só uma coisa para o Senhor.
Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que eu devo ir embora o Senhor me dispensa das minhas obrigações.
Não quero receber o meu salário.
Quero que o Senhor o coloque na poupança até o dia que eu sair daqui. No dia em que eu sair o Senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.

Tudo combinado, aquele jovem trabalhou muito, sem férias e sem descanso.

Depois de vinte anos ele chegou para o seu patrão e lhe disse:

- Patrão eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.
O patrão então lhe disse:

- Tudo bem, nós fizemos um pacto e eu vou cumprir, só que antes eu quero lhe fazer uma proposta. Curioso ele pregunta qual a proposta e seu patrão lhe diz:

- Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora.
Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos não lhe dou o dinheiro.
Vai pro seu quarto, pensa e depois me dá a resposta.
O rapaz pensou durante dois dias depois procurou o patrão e lhe disse:

- Eu quero os três conselhos.
- Se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro.
- Eu quero os conselhos.

O patrão então lhe falou:

1º "Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida";

2º " Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal
pode ser mortal";

3º " Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode
se arrepender e ser tarde demais";

Após dar os três conselhos o patrão disse ao rapaz que já não era tão jovem assim:

- Aqui você tem três pães, dois são para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com a sua esposa quando chegar em sua casa.

O rapaz seguiu o seu caminho de volta para casa, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Andou durante o primeiro dia e encontrou um viajante que o cumprimentou e lhe perguntou:

- Pra onde você vai?

- Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada.

- Rapaz, esse caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez vezes menor e você vai chegar em poucos dias.

O rapaz ficou contente e começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho do seu patrão:

"Nunca tome atalhos em sua vida,caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida".

Então voltou e seguiu o seu caminho. Dias depois ele soube que aquilo era uma emboscada.

Depois de alguns dias de viagem, achou uma pensão na beira da estrada onde pôde hospedar-se. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor e muito barulho. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para sair.
Quando lembrou do segundo conselho:
Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal".

Voltou, deitou-se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que sim
- Então por que não ver o que era, não ficou curioso?
Ele disse que não. Então o hospedeiro lhe falou:

- Você é o único que sai vivo daqui, um louco gritou durante a noite e quando os hóspede saia ele o matava.
O rapaz seguiu seu caminho e depois de muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça da sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa.

O dia estava escurecendo, mas ele pode ver que a sua esposa não estava só.
Andou mais um pouco e viu que ela tinha sentado no colo de um homem a quem estava acariciando os cabelos.
Ao ver aquela cena o seu coração se encheu de ódio e amargura e ele decidiu matar os dois sem piedade.

Apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho: "Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais". Então ele parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo. Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:

- Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes eu quero dizer para a minha esposa que eu fui fiel a ela. Dirigiu-se à porta da casa e bateu.
Ao abrir a porta esposa reconhece o seu marido e se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue, tamanha a felicidade dela. Então com lágrimas ele lhe diz:
- Eu fui fiel a você e você me traiu.

- Como? __ e ainda espantada diz_ Eu não lhe traí, o esperei durante esses vinte anos.
- E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?
- Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora eu descobri que estava grávida e hoje ele está com vinte anos de idade.

Então ele conheceu e abraçou seu filho, contou-lhes toda a sua história enquanto a esposa preparava o café e sentaram-se para tomar o café e comer o último pão.
Após a oração de agradecimento e lágrimas de emoção ele parte o pão, e ao parti-lo, ali estava todo o seu dinheiro...! 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

CONDIÇÕES PARA QUE A ORAÇÃO PREVALEÇA

                              A VERDADE DO EVANGELHO                                                 

 CONDIÇÕES PARA QUE A ORAÇÃO PREVALEÇA
PREGAÇÃO EM, MAIO 22, 1850, REV. PROFESSOR FINNEY,
OBERLIN COLLEGE, UNITED STATES,
NO TABERNACLE, MOORFIELDS.


Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Mt 7:7,8 Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Tiago 4:3
 O assunto sobre o qual falei ontem à noite é aquele com vos quero dirigir hoje também: as condições para que as orações possam prevalecer. Fiz referência a vários condicionalismos ontem e esta noite vou-me entregar à discussão do mesmo assunto. Fiz referência àquela perseverança como condição para que se prevaleça com Deus. Às vezes porém, as condições são de tal carácter que não existe tempo para perseverar no sentido de se prolongar por muito sobre um qualquer assunto com o qual se quer confrontar Deus. Aquilo que pedimos nunca será alcançado de Deus se por falta de tempo, porque o tempo urge a que seja rápida a resposta caso uma qualquer oração tenha por acaso de ser necessariamente repetida. Mas existem porém razões especiais porque uma súplica seja feita, seja deixada a levar alguém a lutar com Deus. Deus estará na disposição e com a pretensão de alcançar um certo estado de espírito do requerente angustiado, muito para benefício de quem pede, muitas vezes para benefício de terceiros, ou mesmo as duas coisas juntas. Há casos destes registados nas Escrituras, onde Deus não atendeu à primeira, para que se desenvolvesse um certo estado interior de espírito no pedinte para benefício de muitos. Farei menção sobre alguns destes casos. Fiz referencia sobre Jacob ontem à noite, de como ele se fez um exemplo de perseverança em luta, persistindo até ao fim (para ele, fim de sua própria vida, pois nada teria a perder se Deus não viesse em seu auxílio) e, de como assim fez prevalecer a sua súplica. Também fiz referencia aos casos de Moisés e de Elias. 
Elias tinha expressamente a promessa de chuva sobre a terra. Quando ele fez aquele altar, quando matou todos os profetas de Baal que ali se encontravam, se bem se recordam, entregou-se intensamente àquela oração que apenas os santos serão capazes de fazer sem nunca desistirem (mandando o seu servo ir ver por sete vezes se alguma nuvem havia nos céus). Elias começou a orar &endash; atenção que Elias ora! Mas o servo foi e voltou com a triste notícia que nada demais se estaria a passar para além do normal decorrer das coisas &endash; tudo estava igual, só vento e pó. Quando Elias ora sobre uma promessa feita, ele diz "vai lá ver de novo!" Acho que ele só quis dizer vai sempre lá até que vejas algo, pois não posso sair daqui até que venha a bênção. Ele tinha dentro de si uma forte ansiedade santa para beneficiar aquele povo seco, mas também tinha outras razões para dali não sair até que viesse a prevalecer inquestionavelmente bem. Deus expressamente lhe havia prometido. Elias determinara em seu coração que aquela demora estranha não lhe serviria de razão para desistir, tropeçando assim em si mesmo. Ele continuou defendendo a sua causa fielmente, até que, depois de muito suplicar, a chuva veio refrescar a seu espírito angustiado. Ele por certo iria continuar a manter o seu caso diante de Deus se aquela chuva persistisse em não vir. De repente apareceu uma pequena nuvem como a mão de um homem. Ele não foi leviano ao ponto de se levantar dali até que Deus o houvesse atendido como muitos fariam na sua presunção! Os presunçosos pressupõem erradamente que apenas porque Deus prometeu, estarmos recordados daquilo que prometeu, será o suficiente para se vir a concretizar a promessa! Aquele profeta tinha um espírito dentro dele mesmo repleto de urgência e, instigado por ela, não se atreveu a abandonar desnecessariamente aquele trono de graça que será a face real de Deus. O seu servo teve de ir e voltar sete vezes e na última delas apenas disse que aparecia uma pequena nuvem como uma mão dum homem. Observem como exemplo o que é a perseverança e aprendam com quem estava sempre diante de Deus: não se teve por leviano trazendo desonra ao Seu nome que carregava pesadamente consigo &endash; sempre e sem qualquer objecção.
Vejamos de novo o caso de Daniel em Daniel 10. Deveras um caso seguramente muito pertinente diante de Deus. Lemos assim: "Naqueles dias eu, Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras. Nenhuma coisa desejável comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com unguento, até que se cumpriram as três semanas completas." Dan.10:2,3. Assim chegou aquela resposta inesperada. Daniel arriscou aqui a própria vida, pois acho e temo que não se levantaria dali até que houvesse prevalecido na sua singela oração. Não vou ler os versículos todos, por essa razão irei saltar para o v.12: "Então me disse: Não temas, Daniel; porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras, e por causa das tuas palavras eu vim logo". Parece-nos que um mensageiro foi mandatado para servir Daniel com uma resposta. Também nos parece que algum agente estranho se entrepôs no caminho da resposta que aquele mensageiro lhe trazia. De facto, um espírito vindo do próprio inferno subiu de lá para que perturbasse e turvasse a resposta trazida a Daniel. Mas como em Deus sempre saímos vencedores, aquele anjo prevaleceu sobre o tal príncipe da Pérsia infernal, havendo sido ajudado pelo anjo Miguel, um dos principais, como se houvesse sido o próprio Messias &endash; alguns acham que simbolicamente é. Mas aquilo que conta, aquilo que é de grande realce, é que Daniel pressionou o seu caso até aos vinte e um dias sem cessar. Nada o faria com a excepção duma resposta.
No caso da mulher Cananita vemos mais um pormenor de grande importância. Por certo se recordarão das circunstâncias em que tal coisa se deu. A mulher não era de linhagem de sangue santo, muitos anos antes havia sido condenada à extinção e existia apenas porque os Israelitas não haviam sido obedientes a Deus em anteriores séculos de existência humana; sua filha estava a ser afligida por um espírito imundo que a atormentava noite e dia; e foi nessas circunstâncias que ela se aproximou de Cristo para ser ajudada. Nada, para ela, levava a crer qual o desfecho de tal ousadia, duma mulher se aproximar dum homem santo, sendo impura e leviana. Mas Cristo veio para que esses tenham vida. Ela caiu diante dele, e disse-lhe algo como "tem misericórdia de mim, Filho de David; a minha filha está violentamente atormentada por um espírito imundo". Os discípulos lá estavam com Ele. Vendo estes que Cristo aparentemente não se movia em favor dela, disseram-Lhe: "despede-a logo, porque ela não nos deixa!" Ele respondeu, se bem se recordam, "não fui mandado senão às ovelhas perdidas de Israel". Esta mulher Siro-Finícia, não se sentiu minimamente desencorajada pelo desenlace da reacção de quem ela achava teria poder e santidade suficientes para ajudá-la, nem que fosse apenas pela fama que tinha, ela creu. Jesus respondeu-lhe a ela já que "não é licito dar o pão dos filhos aos cães" Ao que esta respondeu "é verdade Senhor; mas não peço tal coisa, que me dês do pão dos filhos (pois ela reconhecia sem rancor contra os judeus quem era). Aceito ser comparada a um cão esfomeado. Não me sinto magoada contigo nem assim; aceito que tudo aquilo que dizes seja verdade; considero-me vil, mas posso comer das tuas migalhas, daquelas que caem no chão e já ninguém as aproveita?" Amigos, que espírito é este, o desta mulher verdadeira e brava? Até Jesus a enalteceu dizendo-lhe: "mulher, grande é a tua fé! Vai, e seja feito conforme o teu desejo!" Cristo, actuando sobre ela, aparentemente negando-lhe o seu primeiro pedido e o segundo e sabe-se lá quantos mais, construiu a fé desta mulher sobre a rocha da verdade! Até para os discípulos havia sido um exemplo de perseverança e de fé. Se não houvesse sido trabalhada até aquele ponto de verdade e aceitação interior de reconhecer quem e porque era, ter-se-ia confundido, houvesse Cristo aceite seu pedido antes. Mas esta mulher não desistiu, e esmo sobre forte pressão para se desencorajar, ela persistiu e venceu. Recordemo-nos que ela já vinha com imensa mágoa no seu coração, com a qual muitos nem se atrevem a pensar em Deus a não ser que seja para o acusarem de algo. Maior se tornou seu dilema por saber que não pertencia às ovelhas perdidas de Israel; maior ainda se tornou quando isso se confirmou da boca de Cristo, em quem ela depositava sua confiança. Mesmo assim arranjou forças para não se entregar a todos os muitos motivos para se sentir desencorajada e desistir de algo que sabia Cristo poderia dar-lhe. Precisamente o oposto de tudo isto sucedeu, pois muitas vezes devemos permitir e entender tudo aquilo que o Senhor faz, sabendo Quem é Ele. Parecia até que Ele a tratava com despeito, como se ela nada valesse para Ele; mas o Senhor apenas testava o seu mau feitio. A reacção dela poderia ter sido, "já que me tratas assim, eu não falo mais contigo. Não vim atrás daquele pão dos filhos e tratas-me assim!" Esta é uma bonita história de perseverança e não só, mas principalmente do poder dela, de como prevalece sempre com Deus. 
Em Lucas 18 temos aquele caso do Juiz injusto, o qual não temia Deus nem tão pouco tinha consideração pelo homem. Existem em Lucas duas parábolas que pretendem apenas especificar e ensinar sobre a grande necessidade de se perseverar sempre e de como é um dever e não uma virtude apenas. Vejamos primeiro o caso daquele Juiz iníquo. "Contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, dizendo: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava os homens. Havia também naquela mesma cidade uma viúva que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me incomoda, hei de fazer-lhe justiça, para que ela não continue a vir molestar-me". Lucas 18:1-5. Cristo não quis aqui comparar-se a um Juiz iníquo. Mas sim demonstrar apenas e tão só como se prevalece até perante um homem injusto e infiel à sua própria raça e criação. Esta viúva perseverou de forma tal que até venceu quem lhe podia tirar a vida. Para este juiz, a mulher tornou-se uma chaga que mexia até com a sua consciência. Resolveu atendê-la sabendo que não temia a Deus e desrespeitava o seu próximo. E será que Deus que ama o homem e nada tem de injusto não fará vingar a sua petição e causa desde que tenham causa mesmo? "E não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que dia e noite clamam a ele, já que é longânimo para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" Lucas 18:7-8. Se um indivíduo profano age assim, que direi de Jesus, de Quem sente em seu peito a causa de todos os seus eleitos? Será que algum santo tem razão quando pára a meio, quando desiste diante dum Deus assim? Um caso curioso deu-se quando fui a Inglaterra. Um senhor cujo nome já me esqueci, em Birmingham, pediu para falar comigo para relatar algo sobre ele. Havia ouvido muita coisa muito diferente sobre a oração que prevalece, coisas demais até e sentia-se naquele dever de me exortar e revelar quão grande seria a fidelidade de Deus! Este caso foi de carácter tal que desde então parei muitas vezes para pensar nele, tão fortes eram os princípios daquele homem. Relatou-me a seguinte história: "um vizinho meu perdeu a sua esposa. Quando ela estava enferma e à beira da morte, a minha esposa foi cuidar dela. Permaneceu ao seu lado até ao seu último fôlego se haver despedido dela. Depois de ela voltar para casa, notei que algo de errado se passava, algo entre o viúvo e ela. Falei com ela sobre os meus temores, os quais ela mesmo confirmou, confessando a sua culpa e comprometendo-se a ir viver com ele! Que mais poderia dizer? Ela desistira de mim por outro homem solitário! Não tinha como reavê-la, de como convencê-la. Pois havia jurado deixar-me e entregar-se a outro homem. Nada mais podia fazer! Desesperado fui ter com Deus. Clamei dia e noite pedindo que atendesse a minha causa, que vingasse meu dilema. Por mais de duas semanas nem dormir direito conseguia. Não me entreguei senão à oração clamando a Deus incessantemente. Neste ponto deixei clarificado à minha esposa que a receberia de braços abertos e que lhe perdoaria o passado. Mantive-me nessa posição fielmente. Chorei e clamei diante de Deus. Depois de duas semanas ela voltou para mim com um coração quebrantado e dorido, confessando seus muitos pecados, humilhando-se diante de Deus. E desde então se tornou naquela esposa ideal que eu sempre ansiara". Que caso tão reconfortante é este! Em vez de a desterrar e a ignorar para sempre, este homem ele foi antes reclamar diante de Deus dizendo "ó Deus, este homem tirou minha esposa do meu lado, averigua o meu caso e faz-me justiça!" Caso haja outro caso mais flagrante para nos levar a orar do que este, do qual podemos tornar alvo de oração persistente, nada mais antagónico que este caso de adultério flagrante &endash; não só salvou o seu casamento, mas a vida de sua esposa e quem sabe do seu próprio inimigo! Falemos agora da inoportunidade de outros como nos recomenda Lucas 11. Aquela mulher Cananita conseguiu tudo aquilo que queria e desejava não sabe bem como. Cristo também nos demonstra como devemos sempre perseverar até à resposta. Lemos sobre alguém que pedia três pães para a um amigo, tarde, quando já era noite avançada. Mas aquele amigo não o atendia porque respondia que já era tarde e não podia acordar seus filhos, saindo. Aquele homem não se importou nem importunou por ficar mal visto diante de seu amigo. Foi assim que finalmente conseguiu aquilo que queria. Não se levantaria por ser seu amigo, mas devido àquela insistência não se conteve e foi lá fora ajudá-lo, pois seus filhos acabariam por acordar na mesma com o persistente bater na sua porta adormecida, se ele não fosse lá atendê-lo. Foi desse jeito que alcançou a bênção que desejava. É assim que acontece quando importunamos por causa de quem nos está chegado ao coração. Há muitos casos, na sua maioria mesmo, onde transparece que Deus não nos ouve sequer. Mas como terá ele de ser importunado se desistirmos algures antes da bênção? Será assim que Deus consegue sempre cultivar um coração pedinte num puro e verdadeiro, suportando com grande paciência aqueles que lhe importunam dia e noite. Até mesmo o próprio pedinte sai dali edificado ao contemplar tal coisa a desenrolar-se diante de seus próprios olhos! Muitas vezes a insistência com que pedimos transforma-se em agonia de espírito, com se dum parto se tratasse. Aquelas grandes bênçãos que despedaçam o coração duma humanidade que repele Deus, contristando-lhes o coração tornando-o impenitente, nunca se darão a menos que se deseje tal coisa intensamente até à agonia de espírito mesmo. Muitos que se acham professores dos leigos, muitas vezes aprendem com os leigos se estiverem atentos como os discípulos estavam em relação à mulher Cananita. É uma pena que a maioria de quem ensina a Bíblia e prega não tem a mínima noção daquilo que digo hoje aqui, mesmo que vezes sem conta se veja repetidas tais ocorrências de trabalho de parto nas próprias Escrituras, das quais se servem para se bajularem e ensinarem a outros aquilo que eles próprios nunca aprendem. O grande apóstolo Paulo fala disso e ensinava tal procedimento como indispensável mesmo. Ele fala aos Gálatas "meus filhinhos, por quem sinto de novo dores de parto!" Reclamá-los de volta trouxe-lhe grande agonia de espírito. Lemos "Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está de parto? Por que empalideceram todos os rostos?" Jer 30:6. ("Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si. Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu". Is.53:11-12). Já se ocupou com a sua Bíblia e concordância para ver o que Deus tem a dizer sobre este importante assunto? Se o próprio Jesus se teve de confrontar com tal situação sendo Deus em pessoa, que nos leva a pensar que devemos ouvir quem nada sabe experimentar sobre este assunto? Qual será a promessa referente a um tal estado de coisas, um estado de espírito que agoniza até quase ás portas da morte se necessário for, mesmo sobre aquilo que não lhe diz respeito directamente? Será este um assunto delicado demais para dele podermos tirar algumas ilações importantes? Nós não devemos apenas buscar nas Escrituras tudo aquilo que estas nos possam vir a dizer e ensinar, mas criar um estado de conivências com os desejos do próprio Deus que possamos salvar o mundo inteiro! Simpatiza com Deus, com a Sua única causa até ao fim do presente século? Pessoas que recebem aquilo que pedem são as que perfuram o seu próprio espírito em agonia se for necessário, a menos que a resposta haja chegado antes. Este estado de espírito é e será sempre indispensável para que se prevaleça com Deus. Mas Deus não dará apenas aquilo que pede.Era comum naquele tempo dos muitos bons apóstolos que "Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis". Rom 8:26. Aos meus muitos ouvintes agora me faço dirigir: conhecem isto, sabem o que isto vem a ser? Há quantos anos é crente? Quantas vezes passou por isto? Se calhar nem para nascer de novo, quanto mais pelos muitos perdidos à sua volta! Sabia que pode prevalecer, hoje, já? Nos grandes avivamentos aos quais assistimos na América e na Escócia, prevalece a grande ideia da oração que persiste até àquela bênção que nunca é humana. Na Grã-Bretanha prevalecem os grandes avivamentos devido ao grande esforço despendido em oração que prevalece e não se desiste até à bênção! Tive a oportunidade de assistir de perto muitos deste factos pessoalmente. Um pastor idoso, muito bem conhecido de todos vós por nome, relatou-me este facto. Ele não se havia envolvido com estes avivamentos, mas tinha duas filhas que viviam em impenitência descarada. Disse-me como sentiu um grande exercício de mente e espírito antes e durante as suas conversões. Foi assim que lhe relatei as minhas experiências de como tal exercício mental em agonia eram coisas perfeitamente comuns e normais em qualquer avivamento. Foi então que se apercebeu de como havia sido ignorante duvidoso sobre o assunto durante tanto tempo de vida. Ele estava tão envolvido naquele estado de espírito que nem conseguia dormir. Tão intensa era aquela dor, aquele fardo, que chegou ao ponto de dizer que morreria se as suas filhas não se salvassem. Sentia o seu espírito sucumbir sob aquele peso e responsabilidade que aparentemente não obtia qualquer resposta pronta. Tive a oportunidade durante a minha vida, de me encontrar com muitos crentes neste estado de espírito ao qual Deus não tem como se opor. Achei crentes que se expressavam de forma tal que usavam palavreado citado na própria Bíblia sem saberem sequer que lá vinha isso escrito! Diziam que "a minha alma está dorida num parto difícil noite e dia". Tais pessoas em tais circunstâncias e diversificados estados de espírito, tais eram as diversas questões em fase de súplica contínua e continuada, nem sequer queriam a companhia de alguém, ou de sair para algum lado para espairecerem! Passavam por períodos intermináveis de contrição e angustia a qual muitas vezes não tinham como explicar. O seu único suspiro e anseio era o de estarem a sós com Deus e suspirarem pesadamente de joelhos e sem palavras que descrevessem tudo aquilo que se passava dentro de si. Muitos deles podem ser ouvidos a agonizar diante do Deus que pode ouvir um clamor. Muitos até fazem com que quem os observa, se assustem com o seu estado de espírito. Assustam-se muito mais com a sua audácia e coragem em prevalecer com Deus, custe o que custar. Deveria passar algum tempo a escutar tais expressões de luta com Deus! Talvez nunca mais esqueça tal ocorrência! Já vi e vivi tais coisas de perto, de tal forma que onde não sou conhecido me retraio na sua divulgação porque as pessoas disto nada sabem sequer e podem exclui-las da verdade. Já tive oportunidade de ver de muito perto situações incríveis em avivamentos, de tão extraordinário carácter que temo mencioná-las onde não sabem quem sou. A grande questão é que uma verdadeira resposta imediata à oração é uma coisa tão estranha dentro da igreja, que muitos se enfurecem e admiram com tais ocorrências que atrapalham a sua incredulidade, o seu sossego no banco duma qualquer igreja!Permitam-me realçar de novo que todos os impedimentos a qualquer oração, tudo aquilo que impede uma simples oração de ser ouvida, pode ser resumido num simples factor &endash; no maior de todos, o mais vergonhoso de todos: refiro-me numa falta de simpatia sentimental para com Deus, para com a Sua causa directamente, pois aquele que O ama cumpre. Como pode qualquer ser humano prevalecer diante de Deus a não ser que simpatizem de facto com Ele, com aquilo que Ele é de facto? Mas quando há alguém que chegue ao ponto de simpatizar com Ele ao ponto de se manter naquele estado de espírito de se negar a si mesmo para sempre, estarão embebidos e envoltos naquele Espírito que levou Cristo ao Calvário, não assistindo de perto apenas, mas de facto! Negou-se a Si mesmo até ao último suspiro, mesmo quando sabia que havia sido abandonado para morrer. Agora Cristo tem necessidade que a Sua igreja simpatize com Ele, com a Sua causa directamente. Nem sequer terão tempo e disposição para questões banais, gratificações insuficientes e baratas, como a condolência e a recompensa descabida de quem de verdade não simpatiza com Ele. Como pode esperar de Deus quem assim não se nega até à exaustão mesmo? Importante é a resposta e nunca o estado de espírito.Permitam-me realçar também de novo, um estado de coisas e de espírito que nunca ofenda o Espírito de Deus, que antes vigia contra qualquer coisa que possa separar homem daquela glória infinita, que é sempre indispensável a um espírito inoportuno de oração, aquele que pode ter como prevalecer sempre. Nenhum homem pode algum dia ansiar prevalecer se não põe freios na sua língua. Nestes dias de burrice, as pessoas falam demais, depressa demais apenas para dizerem bem o que acham que devem dizer aquilo que sentem ou não. Gostam muito de não cometer erros quando oram, amam mais a apreciação dos outros sobre as suas orações, ou a sua própria, do que serem ouvidos como filhos de pleno direito. É frequente achar quem é ouvido de verdade, quase nunca se recordar das poucas palavras que usou. Entristecem o Espírito apenas com as suas palavras, más e muitas palavras. As pessoas falam asperamente sobre as pessoas que serão os motivos das suas orações, julgam quando oram e batem no peito acusando. Se quiser prevalecer e estabelecer vida para sempre, não pode de maneira nenhuma negar amor e desprezar valores de juízo, como apenas o poder de Deus em salvar. Terão necessariamente de obter boa reputação, mas de Cristo apenas. Eu deveria ter perguntado já ontem o que lhe vou perguntar agora: Você cumpre, satisfaz todos estes requisitos? Estará a viver em tal harmonia com a beleza de Jesus Cristo que até dá para se esquecer de si, que é mais e melhor que se negar rejeitar sentimentalmente a si mesmo? Estará capacitado para salvar gente, ímpios que nada lhe dizem e trazem mas tão só a Cristo trazem incenso e bálsamo para Suas muitas feridas? A humanidade que Ele próprio criou para glória infinita está decadente e perece! Que faria você? Ninguém diz para deixar seu emprego, mas que tal usá-lo a tempo inteiro como recurso para salvar gente pessoalmente? Ou ficará feliz com gratificações pequenas e bestas como a compreensão dos homens que trazem seu fôlego nas suas narinas e nada mais têm para dar? Pode alguém salvar gente perdida sem sacrifício, sem amor intensamente envolvido a tempo inteiro naquilo que está próximo do coração de Deus e do Seu Messias? Quem de vós olhou firmemente para este estado de coisas, vendo uma humanidade inteira às portas duma destruição maciça e massiva sem entrar em profunda agonia e insónia de lágrimas de sangue até? Qual seria o grande segredo do Paulo como apóstolo firme e firmado na verdade? "Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo, que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne"; Rom 9:1-3. Ele apenas quis dizer que nada neste mundo lhe daria mais gozo que a salvação de quem muitas vezes impedia o evangelho, de quem causava incessante dor provocando grandes tumultos para que não falasse aos gentios e outros que não eram mas que ouviam. Há muita especulação sobre o verdadeiro conteúdo deste texto, porque Paulo usa uma linguagem forte. Mas o pior de tudo não é esta ser forte, mas choca por ser real e verdadeira sobre suas verdadeiras intenções. Ele negaria qualquer coisa, qualquer felicidade, qualquer sacrifício que dele pedissem. Nem mesmo o inferno ele recusava para salvar quem tortura e é mesquinho com Deus até à data de hoje. Ele estaria na disposição de ser pendurado numa cruz, de sofrer qualquer agravo, para apenas salvar quem lhe era hostil com a sua hostilidade mecanizada. Eu conheço pessoalmente alguém que chegou a orar em agonia dizendo até "ó Senhor Jesus, não só estou disposto a ser pendurado num madeiro para salvar gente, como de ficar lá pendurado até ao fim do mundo, até à tua vinda, se necessário". Esta expressão diz muito, mas expressa com veemência aquilo que se passa dentro de alguém que verdadeiramente simpatiza com Deus e Sua única causa, naquela disposição até passar pelo inferno se tal resultasse na salvação de alguém! Este é aquele espírito que prevalece por certo, pois nada o impede de prevalecer. É assim que se salvam continentes inteiros. Enquanto muitos estão ocupados em comprar e vender, em trabalhar para uma habitação que não sabem sequer se lá vão poder habitar, outros lutam pela mesma habitação apenas porque querem salvar gente com ela!Eu quero dar a entender que a oração que tem como prevalecer é mais um estado de espírito, em vez dum exercício, ou dum vocabulário de palavras. Com isto quero apenas dizer que, para que o homem faça prevalecer a sua causa, desde que justa e justificável diante de Deus, ele tem que prescrever autenticamente. Oração não será apenas "irmos orar", mas um perpétuo sentir e anseio indescritível ("pois não sabemos o que havemos de pedir como convém"), um habitual apresentar dum estado de espírito diante de Quem pode ouvir, mais do que um representar diante d'Ele, eloquentemente ou não. Irá ser sempre um espírito inoportuno que se transvia para o certo. Será este o verdadeiro conceito por detrás de qualquer um que prevalece: alguém que nunca representa, mas apresenta fielmente, não através de palavras mas sim de presença em estado de agonia. Nota-se como nos afazeres normais deste mundo, nos negócios, nas doenças e que mais, como as pessoas andam de cabiz baixo e pesadas pelas coisas insignificantes que as rodeia, se comparadas com aquilo que fez Cristo descer dos Céus. Os homens deste século nunca se acomodam e houvesse Deus que atendesse ao pecado do seu coração tudo fariam para lhe sacar uma resposta imediata e impaciente pelo inoportuno pedido. Temem a bancarrota, temem a falência e sucumbem sob o peso de sua própria falência pecaminosa. Será deste estado de espírito que aqui se fala, mas em sentido inverso. Os membros duma certa igreja, ao verem que em nada prosperam se compararem o que têm visto e vivido e salvo, com os apóstolos e outros, de como sua igreja em nada está próximo de se parecer com aquilo que deveria estar na pratica e não de boca apenas, que quem lhes ensina faz bem, mas está mais longe da verdade que um poste seco de dar fruto; como aqueles que professam Cristo estão mais longe de confessar impessoalmente e imparcialmente todos seus pecados e mais perto de se defenderem e de se justificarem diante de outros; como são como um mosquito que poisou no mel, mas como não se alimenta dele porque é carente de sangue, mas agora que poisou lá não tem como se libertar daquele melaço pegajoso. (Assim serão os crentes, não sabem como se libertarem das suas igrejas, por isso continuam lá.) Mas quem ora não se contem até que despeje todos os seus horrores diante de Deus e saia de lá com uma resposta plausível se não for visível mesmo. Foi assim com Daniel e será assim com muitos mais ainda. Tal é o estado de espírito de crentes limpos diante de Deus sobre o verdadeiro estado de Sião e suas pedras e seus muitos pecados, que muitas vezes se encontra gente confessando tanto os seus muitos pecados, como os de outros até por eles com verdadeiras lágrimas de arrependimento duma vez por todas! Para que a oração prevaleça, há que haver honestidade deste tipo em questões reais como a salvação dos outros, sabendo o que espera quem sabe que "o único salário de qualquer pecado é a morte".
Mais ainda, como já mencionei antes, as nossas mãos limpas de qualquer pecado são uma essência de qualquer resposta sobre qualquer oração! O Salmista disse a alto e bom som "Lavo as minhas mãos na inocência; e assim, ó Senhor, me acerco do teu altar", Sal. 26:6. Se este não for um caso idêntico ao seu, você nunca verá a alva. Se um homem houver prejudicado seu próximo, seu vizinho, em carácter, em propriedade ou impessoalmente, não terá como prevalecer na oração e a resposta será para ele sempre uma miragem pela qual espera em vão sem saber. "Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele", Mat 5:23-25. 
Isto leva-me a falar de novo naquele espírito que perdoou mesmo quando não esqueceu. Sem ele nada obteremos de Deus a não ser que nos iludamos. "Se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas". Mat 6:15. Meus amigos, têm certeza que vossas mãos estão limpas, que quando vierem ter com Deus que você tem como dizer "Senhor não tenho em minhas mãos dinheiro de ninguém, honra de ninguém, nenhum mal a perpetrar, nada tenho contra ninguém"? Acha que Paulo seria ouvido se guardasse rancor contra aqueles judeus pecaminosos que nem as suas boas intenções entendiam? "Tu sabes Senhor que aquilo que roubei, devolvi ao seu respectivo dono, humilhei-me justamente diante de que maltratei" É esse o seu estado de espírito, crente? Quantas orações fez sem que sua vida estivesse branca como a neve? Será de admirar que ache que Deus não responde, ou que a resposta ainda virá? Nem sabe como Deus responde! Nem sabe o que isso é! Que vergonhoso haver pessoas que professam que oram e poucas que professam que recebem! 
Eu estava numa grande cidade da América, alguns anos atrás e ao conversar com um irmão na fé, na presença duma senhora elegante e ricamente vestida, com os ornamentos que sempre acham necessários nessa sociedade. Enquanto conversava com este irmão sobre a oração e depois de muito lhe falar, a dita senhora começou por estar atenta àquilo que dizia. Dizia eu que os crentes deveras nunca esperavam respostas das suas muitas orações, quando oravam. Notei que ela ruminava vezes sem conta sobre aquilo que falava. Por fim ela sentiu-se muito incomodada e importunada que não se conteve e exclamou "não acredito que as pessoas sejam assim tão más". Então retorqui que, eu sim. Tentei perguntar o mais meigamente que podia dada a ocasião, "a senhora recebe tudo aquilo que pede de Deus?" Ela respondeu-me que sim! Então perguntei-lhe se era casada. "Sim". "O seu marido é crente?" "Não, senhor". "Tem filhos?" "Sim". "Os seus filhos estão salvos?" "Não estão, não senhor". "A sua igreja é vivente, têm algum avivamento por lá?" "Não, não temos". "Então, por que razões têm estado a orar na sua igreja? Se não têm avivamento, seu marido não esta salvo, seus filhos também não, a sua igreja não sente o poder de Deus, sobre o que oram lá? Sobre o que oraram que houvessem recebido então? Pediu essas bugigangas que traz na sua cabeça? Foram essas as coisas que pediram?" E assim continuei falando. Antes de havermos saído daquela sala, ela entrou num desespero de espírito tal que confessou prontamente em agonia que nunca orara a Deus de verdade. Ela orava de certa forma improdutiva e que nunca havia sido ouvida sequer. Na verdade, nunca verificou sequer se alguma vez havia sido ouvida! Tudo na oração para ela resumia-se a dever e obrigação. Mas que deveria era ser coisa de vida e verdadeira fé, com total conivência numa esperança real em receber aquilo que se pede dentro da Sua vontade. Será que tanto eu como você temos nossas mãos limpas sobre este dilema, nisto de receber também? Será que eles nos aceita? Já perdoou inimigos e a amigos? Já tive ocasião de me pronunciar sobre indivíduos que vivem nas mesmas igrejas se sequer se falarem! Abominação sem igual esta! Tais pessoas deviam era serem expulsas da comunhão de quem professa Cristo se fossem apanhados a orar em tais circunstâncias! Que horror de panorama, que abominação sem igual! Oram para que Deus perdoe seus pecados, sem dizer quais, mas nunca perdoam quem lhes ofende! É assim que tentam Deus! Pessoas que deviam estar a orar muito acima das circunstancias que os cercam, acima das injurias que sofreram e estar a orar para lhes perdoar seus próprios pecados &endash; que não são tão poucos assim para que os leve a meditar sobre os dos outros ainda, como se lhes sobrasse tempo para isso &endash; como podem prevalecer perante um Deus Santo e puro se não estiverem diante do seu trono de mãos limpas e de corações purificados através duma fé viva? Com maus pensamentos, com maus sentimentos e aproximam de Deus como se de anjos se tratassem! Nem o Arcanjo Miguel se atreveu a trazer qualquer acusação contra o diabo, alguém que não poderia ser mais vil, que não tem como progredir mais em nenhuma maldade! Até dos anjos se esperam sentimentos benévolos e não frívolos diante de Deus sobre seus inimigos. Será sempre impossível restaurar a confiança das pessoas em nós sendo nós iníquos diante de Deus. Não há que ter nem uma pequeníssima pré-disposição de retaliar contra alguém sequer, a menos que seja na luz, na sinceridade de querer e desejar ver-se liberto e perdoado daquilo. Nem um pequeno cheiro a rancor, nenhuma maldade escondida ou perpetrada há muito. Nada que possa impedir-nos de sermos ouvidos. Será que tem como orar "Senhor, perdoa-me como já perdoei aos outros?" De se conseguir pedir a sua salvação com lágrimas e súplicas? Ou apenas tem como dizer "não lhe quero nenhum mal, mas…" Também não está num estado de espírito de lhe querer bem! Que hipocrisia, que estupidez é essa? Que faz com seus inimigos? Que respeito tem por Cristo, quando ele diz " Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial". Mat 5:44-48 
Se não obtiver este estado de espírito nunca pode esperar que irá algum dia prevalecer perante Deus! Os amigos de Job trataram-no de forma horrível, mas ele foi mudado quando orou por eles. Eles acusaram-no de hipocrisia, de se esconder sob uma capa de santidade e que Deus agora se manifestara contra ele diante de todos os homens. Mas Deus só mudou todo o seu cativeiro injusto e humilhante quando orou por eles. Que pensa para que ache que Deus agirá de forma distinta consigo?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pregação - A oitava capa


Levitas procura-se os verdadeiros


E separarás os levitas do meio dos filhos de Israel, para que sejam meus. (Números 8: 14) - Hoje não é incomum ouvir pastores, irmãozinhos de igreja, donos de gravadoras e premiações especulativas usando a palavra “levitas”, se referindo exclusivamente aos cantores de música contemporânea cristã. Ainda têm os fariseus modernos, que por adorarem títulos, esses se autodenominam levitas, ignorando o real significado e peso dessa palavra. Porém (pasmem!) todos usam essa palavra sem conhecimento do seu real significado. Ser levita não é ser músico! Ao contrário, relata a Bíblia, que naquele tempo, os levitas não eram responsáveis pela música no tabernáculo. Afinal, não havia uma parte musical no culto estabelecido pela Lei de Moisés, embora as orações e sacrifícios incluíssem o sentido de louvor, adoração e ações de graças. Foi muitos anos depois que Davi inseriu a música como parte do culto. Afinal, ele era músico e compositor desde a sua juventude (I Sm.16.23). Então, atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical.
Para o conhecimento de todos, a origem da palavra levitas vem da Tribo de Levi (hebreu: לֵוִי “devoto, unido”), que era uma das Tribos de Israel que, segundo a Bíblia, foi fundada por Levi, filho de Jacó e de Léia. Na ocasião do parto de Levi, conta o Livro Sagrado: “Outra vez concebeu Lia, e deu à luz um filho, e disse: Agora, desta vez, se unirá mais a mim meu marido, porque lhe dei à luz três filhos; por isso, lhe chamou Levi.”(Gênesis 29:34). Os levitas eram justamente os membros dessa tribo de Levi, separados, sem território, sem herança terrena porque gozavam do alto privilégio de ter o Senhor como seu quinhão, sua posse (Dt 10.9). Era uma tribo dos sacerdotes (cohanim), descendentes de Arão, por sua vez descendente de Levi. Isso quer dizer que todo sacerdote (cohen) era levita, mas nem todo levita era sacerdote, que fique claro essa explicação. Executavam qualquer serviço ligado ao culto. Servos e não alguém na igreja para ser alvo da glória humana. Em I Crônicas (9.14-33; 23.1-32; 25.1-7), lemos diversas atribuições dos levitas. Havia, então, entre eles porteiros, guardas, padeiros e também cantores e instrumentistas (II Crônicas 5.13; 34.12). Até aqueles designados por Davi para o louvor, eram liderados por Asafe, Hemã e Jedutum, e tinham a tarefa de PROFETIZAR com harpas, alaúdes e saltérios (I Crônicas 25.1). Nessa época, surgiu a maior parte dos salmos de Israel. Hoje, podemos testificar que aqueles levitas eram mesmo profetas. Através deles o Espírito Santo falava ao povo. Além disso, eram mestres no que realizavam. Isso significa que tinham conhecimento suficiente e qualidade no que faziam para ensinar os outros. Trazendo para os dias atuais eram bons no que faziam e tinham qualidade a ponto de poder ensinar, certamente se eram pedreiros não construíam casas que caíam, se eram padeiros não queimavam o pão e se eram músicos não desafinavam ou cantavam de qualquer forma, como vemos muitos hoje em dia que fazem o mais ou menos para Deus. Esses servos tinha privilégios, sim, mas tinham muitos deveres que vou aqui destacar em tópicos: Servir no Santuário ajudando nos sacrifícios (Jr 33.18,22), na recepção de oráculos (Nm 3.38; 2Rs 12.9ss)
O papel dos levitas como ministros do tabernáculo era de cooperarem na construção do mesmo, sob a supervisão do filho de Arão, Itamar. Nas leis preparatórias para a marcha pelo deserto, Levi foi separado por Deus, das outras tribos, e colocado sob a responsabilidade de desmanchar, transportar e erigir o tabernáculo, além de servir como uma espécie de pára-choque para proteger as demais tribos israelitas da indignação de Deus, que os ameaçava se desapercebidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus móveis (Números 1: 47-54). Os levitas não esperam recompensa. A herança dos levitas é o Senhor (Deut 10:8-9): Nenhum dos levitas (os da tribo de Levi) tinham parte na divisão da terra e dos bens. Da mesma forma, não podemos esperar recompensa e nem reconhecimento humano pelo nosso serviço na casa do Senhor. Não podemos entrar nesse ministério esperando recompensa natural ou promoção humana. Fomos separados pelo Senhor e Ele será sempre a nossa herança e Ele proverá a nossa recompensa. Transportar a Arca da Aliança Os levitas transportavam a Arca da Aliança. Na arca, tinha três objetos que eram testemunhos da relação de Deus com Seu povo:
As duas tábuas de pedra, onde se achava “escrita a aliança de Deus com o povo” (Ex 24.12; 25.16, 21; 40.20; Dt 10.1-5). Era lembrança do pacto de Deus com os filhos de Jacó, símbolo de direção permanente da parte divina; O pote de maná, que recordava ao povo o cuidado e o sustento que vinham da parte de Deus no deserto (Ex 16.14ss; Hb 9.4, 5). Era uma metáfora concreta do alimento permanente vindo de Deus; O bastão (vara) de Arão (Nm 17.10) que floresceu como prova da sua divina indicação para ser Sumo-sacerdote (cf. v.8). É sinal de apoio permanente pelo Senhor. A arca era um ponto catalizador das doze tribos de Israel; o lugar de encontro no Santo dos Santos, onde o Senhor revelava Sua vontade aos Seus servos. Sinal visível e símbolo da presença de Deus entre o povo (1Sm 4-6; 2Sm 6; 1Rs 8; cf. 1Sm 4.7,22; Nm 10 35; 1Rs 8.11). Era o próprio trono de Deus. Santificava o lugar onde repousava (2Cr 8.11). Vale lembrar que para transportar a Arca da Aliança não poderia ser qualquer pessoa, mas alguém que fosse consagrado, alguém que vivesse diante do Senhor. Qualquer um que tocasse na arca sem ser escolhido, estava destinado à morte. Havia respeito, temor e cuidado pelo que era sagrado. Nos dias de hoje, quantos que se dizem levitas vivem realmente diante do Senhor? Quantos têm uma vida consagrada e separada? O que será que vai acontecer com aqueles que estão no pecado e tentam enriquecer cantando uma música santa? Ou o que falar de grandes eventos em nome de Deus, promovidos por representantes das trevas? Podemos servir à dois senhores? Água se mistura com óleo? OS LEVITAS SÃO GUARDIÕES DA GLÓRIA DE DEUS: esse é um chamado de santificação e separação, pois não há como defender a santidade sem ser santo e não há como defender a glória sem ser separado e não pode haver comunhão entre luz e trevas. O mundo canta para os homens, os levitas músicos cantam para Deus!
E por último, Autoridade para Abençoar A história da bênção é bem antiga. Já a encontramos nos primeiros momentos da Criação. Abraão foi abençoado por Deus para ser uma bênção para o mundo (Gn 12.1-3). O texto de Deuteronômio fala da função levítica de abençoar em nome de Deus. Ora, aprendemos com a Escritura que abençoar em nome de alguém é falar em seu nome. Por essa razão, há de haver cuidado com a bênção dada levianamente e sem discernimento (cf. Ex 20.7). Uma pessoa só pode transmitir o que ela tem. Se é um canal de benção pode abençoar. Agora, quando é um canal de maldição, vai transmitir maldição. Afinal, está debaixo de uma autoridade maligna, por mais que tente se infiltrar em coisas santas. Por isso, devemos sempre tomar cuidado com aqueles que oram sobre as nossas cabeças, tendo a certeza que são verdadeiros sacerdotes de Deus, separados e consagrados para aquela função. Deus procura verdadeiros levitas, servos obedientes, corajosos, separados, consagrados do resto de todas as tribos e nações, levitas que o chamem de Pai e ele responda com um carinho: “Fala, filho!”. Verdadeiros adoradores em espírito e em verdade, comprometidos com o Reino de Deus. Sejam banquerios, jornalistas, empresários, médicos, porteiros, fazendeiros, publicitários, pastores ou blogueiros, que sejam mestres em seus ofícios e façam o melhor para o Reino. Esses sim poderão levar a arca do Senhor, tocar em coisas sagradas sem sofrer mal algum, tomar posse de bençãos que foram feitas apenas para os santos, que serão guardiões da Glória de Deus até a segunda volta de Jesus. No caso dos músicos, esses poderão tocar e entoar um cântico novo que, com o agir do Espírito Santo, mudará vidas, destruirá principados demoníacos e potestades, abençoará e chegará ao trono de Deus, através de melodias celestes e de um doce som, pelos séculos dos séculos, amém!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Abismos sucessivos


 Aonde o pecado pode levar o homem? 


Certa moça, apaixonada por um homem casado, quer saber o que fazer. De fato, ela já sabe, mas vive o conflito entre o desejo e o dever. Quem quer se lançar numa aventura como essa, deve olhar para o fundo do abismo antes de pular. É um suicídio moral e espiritual. A jovem vive a ilusão de constituir um lar com aquele homem. Entretanto, ele já tem uma família constituída, com sua esposa e seu filho.

Vamos delinear um possível desenvolvimento para essa história a partir do envolvimento extraconjugal. O prazer da satisfação carnal virá acompanhado por outros elementos indesejáveis. A nova união receberá o nome de adultério, ainda que se queira chamar de outra coisa. Na seqüência, ficará estabelecida a bigamia, mesmo que provisória. Por um descuido, a amante ficará grávida. Diante da complexidade da situação, será realizado o aborto.

No dia em que o caso vier à tona, trará a decepção para a esposa que, não conseguindo perdoar, pedirá o divórcio. Este não será exatamente o fim do casamento. Ficarão as obrigações alimentares, as visitas constrangedoras e a consciência ferida. O filho, também decepcionado, crescerá sem a convivência assídua com o pai. Poderá, em função disso, ter dificuldades em seus próprios relacionamentos e na futura constituição familiar.

Existem situações ainda mais graves em que o cônjuge traído resolve matar o traidor juntamente com a terceira pessoa da história.

Embora nem todo adultério tenha desfecho tão trágico, também é verdade que nenhum deles é capaz de produzir uma linda história de amor.

O melhor a se fazer é escapar enquanto é possível. “Livra-te como a gazela da mão do caçador, e como a ave da mão do passarinheiro” (Pv.6.5).

A bíblia diz que “um abismo chama outro abismo” (Salmo 42.7). Quando a pessoa estiver no meio da tragédia, tentará compreender como chegou àquele ponto. Tudo começou com uma escolha pecaminosa. A paixão pode ser muito forte, mas vai passar. Não se deixe levar por uma emoção.

Quando Deus disse “Não adulterarás”, ele não pretendia estabelecer uma prisão para o ser humano, mas queria apenas protegê-lo de terríveis males. Os mandamentos do Senhor são como cercas à beira do abismo. Eles não têm por objetivo a restrição da nossa liberdade, mas a proteção das nossas almas e também dos nossos entes queridos.

Quando se escolhe o pecado, inicia-se a queda. É um processo que leva o homem “de mal a pior” (II Tm.3.13). Onde será o fundo desse abismo? O inferno. A pior conseqüência do pecado não é física, emocional ou financeira. O ponto máximo de sua destruição é a condenação do homem à eternidade de sofrimento, longe de Deus.

Entretanto, ainda existe esperança. Aos que se encontram caídos nos abismos do pecado, o Senhor Jesus estende a mão. Ele é o bom pastor que veio ao mundo em busca das ovelhas que se afastaram, caindo nos penhascos da vida (João 10.14). O Senhor oferece perdão e acolhimento para aqueles que pecaram. Contudo, não se deve usar o conhecimento da sua misericórdia como permissão para o pecado. Muitos caem e não se levantam mais. Muitos são mortos antes que possam pedir ajuda.

Se você pode ler esta mensagem, é porque ainda não é tarde demais. Clame ao Senhor por misericórdia e perdão. Ele pode fazer parar o processo da queda espiritual e firmar os seus passos. Resolva voltar. Suba em direção a uma vida de honra na presença de Deus.
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Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Conflitos Interpessoais


É natural que ocorram conflitos nas relações humanas. É como o atrito que existe entre as engrenagens de um motor. Porém, há uma solução bem simples para isso: basta que o motor seja desmontado e que cada peça seja cuidadosamente guardada em uma embalagem separada. O conflito estará resolvido, mas o motor já não existirá, nem as suas inúmeras utilidades. Não haverá choques, nem desgastes. Também não haverá movimento nem produção de energia. Temos então uma solução destrutiva e inadequada.
assim também acontece no Corpo de Cristo. Já nos primeiros anos da era cristã, aconteciam desentendimentos e colisões humanas na igreja. Em Atos 15.39 temos o relato de um desacordo entre Paulo e Barnabé. Outro exemplo é o que acontecia na igreja de Corinto. Paulo disse que havia entre eles dissensões (I Cor.11.18). O mesmo apóstolo escreveu aos gálatas comparando-os aos animais, tamanha era a agressividade entre eles (Gálatas 5.15).
Mencionamos alguns exemplos que, apesar de terem em comum a questão do conflito, têm diferenças profundas e evidentes que estão relacionadas às origens do problema. Precisamos perguntar: por quê está acontecendo esse conflito? Vamos mencionar aqui quatro tipos de causa: pessoal, doutrinária, carnal e diabólica.
1 - Causa pessoal - Ocorre quando os conflitos se dão por uma questão de gosto, opinião, opção ou estilo individual. Por exemplo, se uma família vai viajar, alguns podem preferir a praia, outros, o campo. Esse tipo de conflito é natural, mas precisa ser bem conduzido e bem resolvido para não gerar problemas maiores. Enquadra-se nesse item o caso de Paulo e Barnabé, cuja questão foi em torno de uma viagem e se deveriam ou não levar consigo o jovem Marcos.
2 - Causa doutrinária - É o caso de haver dentro da igreja um grupo que defende uma interpretação bíblica sobre um assunto e outro grupo que entende diferente. Foi a situação da igreja de Corinto. Esse tipo de desentendimento não pode ser simplesmente desconsiderado nem sumariamente proibido. O próprio Paulo não proibiu nem poderia fazê-lo. Disse até que isso poderia ser necessário. Certamente, se surge uma heresia na igreja, é bom que surja o conflito para que o mal seja eliminado, esteja ele do lado que estiver. Quando existe um corpo estranho no organismo, como uma farpa de vidro ou um espinho, é natural que haja o inchaço, a dor, e talvez até a febre, como sinais que alertam contra uma anomalia. E assim continua até que o mal seja extirpado. Este tem sido o principal motivo do surgimento de tantas denominações evangélicas: conflitos doutrinários. Tais problemas devem ser resolvidos pelos líderes eclesiásticos, conforme modelo de Atos 15.7,28,29. Para tão nobre tarefa, é mister que os líderes estejam cheios do Espírito Santo, como também é biblicamente natural que estejam (At.6.3).
3 - Causa carnal - A problema dos gálatas foi a carnalidade, isto é, a condução da vida e do comportamento de acordo com as inclinações da natureza pecaminosa, a qual está diretamente ligada aos desejos físicos e egoístas. Observe que o conflito de causa pessoal ou doutrinária pode ser também carnal, bastando que um dos envolvidos esteja dominado pela carnalidade. A própria heresia, que, a princípio pode surgir de uma simples falta de entendimento bíblico, pode também ser obra da carne, conforme Gálatas 5.20. É o caso de pessoas que "forçam" a interpretação de textos bíblicos para atender aos seus próprios desejos carnais. O conflito carnal entre os gálatas tinha cunho doutrinário mas parecia envolver também a cobiça por posições de destaque ou desejo de reconhecimento (Gálatas 5.26). Daí surgiam as disputas dentro da igreja. Sobre esse tipo de discórdia, veja também Tiago 4.1-2.
4 - Causa diabólica - Muitos conflitos são, certamente, idealizados por Satanás. Ele é o maior semeador de contendas entre os irmãos, mas o que ele faz na maioria das vezes é "aproveitar a nossa lenha para fazer sua fogueira". Então, os conflitos pessoais, que podem ter até uma causa natural, ou os conflitos carnais e doutrinários, podem acabar se tornando instrumento nas mãos do inimigo. O seu maior desejo é ver o povo de Deus lutando consigo mesmo, quando deveríamos, juntos, lutar contra as forças das trevas. Veja que isso foi o que ele fez no céu, até que os anjos, que antes faziam parte do mesmo exército, começaram a lutar entre si, surgindo então o exército demoníaco.

Como foi exposto no início, alguns conflitos podem ter causas naturais e outros podem até ser necessários. Contudo, o perigo sempre existe. O conflito é como o fogo. Muitas vezes utilizamos o fogo em nossas casas. Ele é necessário, útil, embora se trate de uma força destruidora. Se perdermos o controle sobre o fogo que usamos, então tudo pode ser destruído repentinamente.
O conflito precisa ser administrado, controlado, afim de que não se desenvolva numa seqüência mortal como esta: discordância, discussão, contenda, divisão, guerra.
discordância é normal. Somos pessoas diferentes e muitas vezes teremos pontos de vista distintos e preferências divergentes. A discordância pode fazer com que cada um parta num sentido diferente. Foi o que aconteceu com Paulo e Barnabé. Cada um viajou para um lugar diferente. Entretanto, se o problema é entre marido e mulher, não é bom que cada um saia numa direção, ou, se a questão é doutrinária e existe boa intenção nas pessoas envolvidas, então será útil e necessário que se passe à discussão, a qual não é sinônimo de briga mas de debate, exposição de idéias com o objetivo de se chegar a uma conclusão proveitosa. Discutir a questão é melhor do que o silêncio, o qual pode ocultar o problema e criar inimizades.
contenda acontece quando uma das partes quer impor a sua idéia, ou quando a parte que deveria se submeter se nega a fazê-lo (II Tm.3.8). A bíblia diz que "ao servo do Senhor não convém contender, mas ser manso para com todos." (II Tm.2.24). Chegamos ao nosso limite. Daí em diante, o fogo começa a se alastrar.
divisão já é uma atitude extrema. Em alguns casos ela é correta, em outros não (Salmo 1.5; I João 2.19). Contudo, mesmo que seja necessária, a divisão não deve ser estimulada por nós, cristãos, já que Deus não nos deu o poder para separar o joio do trigo (Mateus 13.30). O problema se agrava quando, depois da divisão, as partes querem continuar o conflito. Então, está declarada a guerra.

ADMINISTRANDO O CONFLITO

Antes de tudo, devemos perguntar: Vale a pena começar a questão?
Cada um deve fazer a si mesmo esta pergunta antes de levantar uma polêmica. Analise a causa do conflito antes de começá-lo. Será que vale a pena criar um problema no ônibus por causa de 1 centavo de troco? Quanto vale a nossa paz e a tranqüilidade da nossa consciência? Algumas pessoas acham que sempre devem brigar por seu direito. O apóstolo Paulo nos orienta que, algumas vezes, em determinados casos, é melhor o cristão sofrer algum dano do que criar uma disputa (I Cor.6.7). Afinal, não foi isso que Cristo ensinou, quando falou em "dar a outra face", "entregar a capa" e "caminhar a segunda milha"?
Dê a Deus a oportunidade de resolver o problema. Ore ao Senhor antes de agir ou falar.
Outro ponto a ser observado: Se você começar a questão, terá condições de levar até às últimas conseqüências, ou sairá envergonhado no meio da briga? (Lc.14.28). Portanto, muitas vezes, o melhor é não iniciar o conflito. Muitos problemas seriam evitados se parássemos para refletir antes de começar.
No meio do caminho: Como conduzir o conflito?
Como dissemos, o conflito pode ser necessário. Nesse caso, precisamos saber administrá-lo, dirigindo bem nosso barco por entre as ondas, sem deixá-lo virar. Existe uma tênue linha que separa uma discussão sadia de uma contenda. Precisamos então ter em mente alguns limites que não ultrapassaremos. Nossas discussões deverão ser pautadas pelo respeitoNão devemos usar palavras torpes ou agressivas, pois estas têm o poder de suscitar a ira (Pv.15.1). Palavras mansas e sadias podem desarmar o ânimo agressivo da outra parte (Tito 2.8). Um conflito mal conduzido resultará em ofensas e deixará marcas. Podemos expor nossas opiniões, por mais divergentes que sejam, sem usar de agressividade.
Se vamos discutir sobre alguma coisa, precisamos deixar o orgulho de fora da conversa. Em algum momento, poderá ser necessário admitir que o outro está certo. E, se não estiver, talvez possamos desistir do conflito a favor da outra parte. Logicamente, não devemos aceitar o pecado nem o erro, mas muitas vezes não é isso que está em jogo, e podemos muito bem abrir mão da nossa proposta em benefício do nosso próximo. Isso pode ser um sinal de maturidade. Veja o exemplo de Abraão que, podendo escolher a terra diante de si, deixou que Ló escolhesse primeiro. Será que as minhas idéias devem prevalecer sempre? A opinião dos outros está sempre errada? Quem pensa ou age desse modo está carente de humildade e tem a grande habilidade de criar confusões por onde anda.
Se a discussão parece não produzir acordo, então é bom que a mesma seja interrompida. Se uma das partes é autoridade sobre a outra, então caberá a essa pessoa decidir sobre o assunto, ou voltar à questão em outra ocasião.

Depois da tempestade: O que fazer?
Se a contenda aconteceu, será necessário um conserto. É natural que muitos ímpios sejam irreconciliáveis, incapazes de perdoar. Porém, não faz sentido um cristão guardar mágoa contra ninguém e, principalmente, contra outro irmão em Cristo. Não é um procedimento cristão um irmão ficar com raiva do outro, deixar de conversar, ficar "de mal". O Senhor nos mandou amar os nossos inimigos. Se não começarmos amando os nossos irmãos, como seremos capazes de amar os inimigos? Se você foi ofendido, perdoe. Não espere que o agressor venha pedir perdão. Perdoe. Seja qual for a ofensa. Perdoe. Mais do que isso Jesus sofreu, e mesmo assim perdoou. Se você ofendeu, peça perdão. O perdão é o remédio divino para os conflitos mal conduzidos e mal resolvidos. A falta do perdão torna-se uma chaga na alma. A mágoa guardada causa maior mal a quem a guardou. Se não perdoarmos aos nossos ofensores, também Deus não nos perdoará (Mt.18.35 Mt.6.12-15). Isso é muito sério. Se não perdoarmos aos nossos irmãos em Cristo, estaremos interrompendo o fluir da bênção de Deus através do Corpo de Cristo. Esse tipo de problema causa frieza espiritual. Cada membro depende do outro para receber a corrente sangüínea, assim como os galhos da videira dependem uns dos outros para receber a seiva. Se existirem bloqueios entre nós, a produção do fruto do Espírito ficará comprometida.
A Bíblia nos ensina a amar, suportar e sujeitar uns aos outros (Ef.4.1-6). O apostolo Paulo usou a palavra "suportar" porque já sabia que o relacionamento entre os irmãos teria muitas dificuldades. Contudo, não deixaremos de ser irmãos.


PRINCÍPIOS PREVENTIVOS

No início desse artigo, comparamos os conflitos interpessoais com o atrito entre as peças de um motor em funcionamento. O que podemos fazer para reduzir esse atrito e minimizar seus efeitos negativos? Lubrificar o motor. O óleo é um símbolo bíblico do Espírito Santo. Precisamos dessa unção em nossas vidas. Assim, quando formos atacados por alguém, teremos uma palavra mansa para aplacar-lhe o furor. Teremos o amor do Senhor em nossos corações, o qual produzirá sempre uma pré-disposição de aceitar os irmãos. Essa pré-disposição não permitirá o preconceito. Então, não haverá entre nós barreiras, muitas das quais se formam sem a menor razão. A operação do Espírito Santo será o antídoto contra as antipatias gratuitas e desmotivadas, e também o remédio para as mágoas e as inimizades. Esta unção nos torna capazes de renunciar, de negar a nós mesmos, considerando que o nosso irmão é superior (Fp.2.3), é digno de todo o nosso respeito e de todo o nosso apreço.
Parece até que estamos falando de uma utopia. Contudo, esse estilo de vida é a proposta de Deus para nós, afim de que não sejamos um reino dividido, mas um corpo que, unido por juntas e medulas possa crescer na presença do Senhor (Ef.4.16).
Anísio Renato de Andrade

domingo, 23 de setembro de 2012

Pilatos e os mercadores do Evangelho

Entre as convicções e os interesses.

Após a prisão de Cristo no Getsêmani, muitas pessoas participaram dos interrogatórios e julgamentos ocorridos durante a noite e na manhã seguinte. 

O primeiro foi diante do Sinédrio, que era o tribunal religioso judaico, formado por 71 membros (Mt. 26.59). Os sacerdotes e anciãos de Israel, não querendo assumir a responsabilidade pela morte de Jesus, enviaram-no ao governador romano da Judéia, Pôncio Pilatos (Mt. 27.2). Este, não encontrando culpa no Senhor, e ouvindo que se tratava de um Galileu, enviou-o a Herodes, rei da Galiléia (Lc. 23.7). Novamente, concluiu-se que Jesus não tinha cometido crime algum e devolveram o réu a Pilatos (Lc. 23.11).

Todas aquelas autoridades tiveram a preciosa chance de verem e ouvirem o Senhor Jesus (Lc. 23.8). Contudo, consideravam-se maiores do que ele. Poderiam ter sido salvas, mas perderam a oportunidade.

Ninguém queria assumir o peso da execução de Cristo, mas, por outro lado, nenhum daqueles homens tomou a iniciativa de libertá-lo. Queriam, talvez, a neutralidade naquele assunto, mas suas decisões eram contra o Senhor. 

Pilatos, recebendo Jesus pela segunda vez, viu-se diante de um dilema. Ele poderia simplesmente libertá-lo e desejava fazê-lo (Lc. 23.20). Até Cláudia, esposa do governador, advertiu-o para que não se envolvesse com aquele justo (Mt. 27.19). Contudo, o líder romano estava profundamente envolvido com a defesa de seus próprios interesses. Fazer justiça não era sua prioridade.

Sua permanência no cargo dependia do equilíbrio entre dois propósitos nem sempre conciliáveis: agradar ao povo judeu e agradar ao Imperador. Se desagradasse ao povo e às autoridades religiosas, poderia haver tumultos na cidade. Se tal coisa chegasse ao conhecimento de César, a cabeça do governador poderia ser pedida.

Portanto, tendo Cristo diante de si, Pilatos precisava tomar uma decisão que não ameaçasse sua posição. Começou então uma rápida negociação. Se era para agradar ao povo, faria o que o povo mandasse. Assim, não haveria revoltas e seu governo seria mantido.
"O governador, pois, perguntou-lhes: Qual dos dois quereis que eu vos solte? E disseram: Barrabás. Tornou-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, que se chama Cristo? Disseram todos: Seja crucificado. Pilatos, porém, disse: Pois que mal fez ele? Mas eles clamavam ainda mais: Seja crucificado. Ao ver Pilatos que nada conseguia, mas pelo contrário que o tumulto aumentava, mandando trazer água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Sou inocente do sangue deste homem; seja isso lá convosco" (Mt. 27.21-24).

Pilatos concluiu que Jesus era justo, mas, em um ato de incoerência, mandou crucificá-lo. Usou sua autoridade, mas desejou transferir as consequências para o povo. Preservou sua posição naquele dia, mas perdeu o cargo poucos anos depois, quando as desordens em Jerusalém chegaram ao conhecimento do Imperador Calígula (36 d.C.). Ao que tudo indica, a vida tornou-se insuportável para Pilatos. Embora tenha lavado as mãos, não conseguiu lavar seu coração, consciência e memória. Ele continuou se lembrando do dia em que entregou Jesus para ser morto. Pode até ter ouvido falar a respeito da ressurreição, mas ele não era um dos que acreditavam nisso. Conforme informações de Eusébio de Cesaréia, Pilatos suicidou-se no ano 37.

Cada um de nós precisa também decidir-se a respeito de Jesus, aceitando-o ou rejeitando-o. Não há como manter-se neutro a esse respeito. Ainda hoje é possível entregá-lo ao escárnio diante da sociedade, através de escândalos e maus testemunhos. Está escrito que muitos o têm crucificado novamente, expondo-o ao vitupério (Hb. 6.6). Isto acontece quando os interesses egoístas são colocados como valores superiores a Cristo e ao evangelho. Quando a política e o dinheiro são colocados acima do amor, da fé e da justiça, negociações espúrias se realizam, más escolhas são feitas e Barrabás sai ganhando.

A morte de Jesus seria o fato central no plano de Deus para a salvação dos homens. Entretanto, não ficariam sem culpa aqueles que o condenassem. Consequências viriam. Lavar as mãos de nada adiantaria.

Naquele dia, Pilatos julgou e condenou o Senhor Jesus. Porém, no juízo final, as posições serão invertidas. Jesus será o juiz e Pilatos será réu. No dia do julgamento, não haverá água para lavar as mãos nem para que se apaguem as chamas do fogo eterno.

Nosso propósito não é "crucificar" Pilatos, mas aprender preciosas lições com sua experiência. Tomemos cuidado para não colocarmos valores deste mundo acima do Senhor. Aqueles que trocam Jesus por dinheiro, cargos, título, posições, vantagens e favores podem tornar insuportáveis suas vidas. Ao perderem Jesus, perdem a paz e a razão de viver. Não foi o que aconteceu com Judas Iscariotes?

Conscientes do tamanho da responsabilidade que nos atinge, respondamos positivamente à pergunta: "O que farei então de Jesus, que se chama Cristo?”.

Aceitemo-lo como Senhor das nossas vidas, acima dos interesses do povo ou dos impérios. Vivamos para agradá-lo, ainda que, para isso, precisemos desagradar a muitos, inclusive a nós mesmos, renunciando aos interesses particulares que forem incompatíveis com o reino de Deus.

Anísio Renato de Andrade

Bacharel em Teologia

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Pedidos de Oração

Deixe aqui o seu pedido de oração. Deixe o seu email para possivel contato.


caso você deseje conversar algum assunto pessoal e não deseje expor o assunto publicamente entre em contato conosco através do email abaixo e trataremos o assunto com total descrição e sigilo pois estamos aqui para interceder por todos aqueles que nos pedirem ajuda em oração por causas dificeis e impossiveis para o homem (porém possiveis ao Deus todo poderoso que através de Jesus Cristo nos houve e nos ajuda em nossas necessidades.).


atenciosamente,

Ir Daniel Oliveira
email: irdanielmedeiros@hotmail.com

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O PODER DA FÉ - devocional

O QUE É FÉ? 
Ter fé é colocar sua confiança total em alguém ou alguma coisa. Muitos confiam em carros ou em imagens, etc Mas nós colocamos a nossa confiança no  Senhor. Is 12: 2; Sl 20: 7
a) Na conversão, a fé é o ato da alma voltar-se para Deus.b) Hebreus 11 não define a fé, mas a descrevê em seu poder. Hb 11: 1c) A fé traz segurança.
A fé envolvem o intelecto, a vontade ea emoção.          
• O aspecto intelectual Rm 10: 17 Inclui uma crença na revelação de Deus, na natureza e nos fatos históricos da Bíblia e nas suas doutrinas.

• O aspecto emocional Mt 13, 20-21  É um elemento importantíssimo na fé, mas não é seu único constituinte. Aqueles que tem uma grande quantidade de emoção Tendem sua fé em um escorregar.

• O aspecto voluntário Pv 23: 6 é uma conseqüência lógica do intelectual e do emocional. Inclui
 uma rendição do coração a Deus ea apropriação de Cristo como Salvador. Jo 1: 12Nós somos salvos porque não paramos de pecar, mas porque começamos a crer. Qualquer pessoa pode parar de mentir roubar, beber, fornicar e falar palavrões. Mas parar com estas más obras''não''a salva. Somos salvos quando deixamos uma incredulidade e cremos em Jesus como Nosso Salvador.• Quando cremos, não importa quão "mau" somos nossos nomes são escritos no Livro da Vida ea justiça de Deus é contada um favor nosso.
• A fé verdadeira nos converte por completo e em nós começa uma nova vida no Senhor Jesus Cristo.A fé é mais do que crer que o Senhor nos contou como justos. Se crermos que Cristo morreu pelos nossos pecados, nos identificamos com a morte sua, como tendão morrido com ele. Foram os nossos pecados que Jesus suportou na Cruz. Foi uma Condenação que merecíamos que ele recebeu. Portanto, quando ele morreu, com ele nós morremos.• Uma fé que não se identifica com a morte de Cristo não é verdadeira. Rm 6: 5-8
• Você não pode continuar e crer na sua mesma forma de viver. A fé muda nossa POSIÇÃO Perante Deus. Ela também transforma o nosso caráter, Através da fé nos tornamos novas 
criaturas. Eis algumas mudanças que uma ópera de fé:• Estamos mortos para o pecado. Rm 6: 2

• Ressurretos com ele e por isso andamos em novidade de vida.
• Como Crucificados com Cristo, estamos livres do pecado. Rm 6: 6-7
• E vivos para Deus. Rm 6: 8-11


A importância da Fé:
• Somos salvos pela fé. Rm 5: 1
• Recebemos o Espírito Santo pela fé. Gl 3: 5, 14
• Somos santificados pela fé. Aos 26: 18
• Somos guardados pela fé. I Pe 1: 5.
• Somos curados pela fé. Tg 5: 15
• Andamos pela fé. II Co 5: 7
• Vencemos as dificuldades pela fé. Mc 9: 23
• Sem fé não podemos agradar a Deus. Hb 11: 6
• No serviço cristão uma fé faz de nós uma benção para os outros. Jo 7, 38
• Leva-nos esforçarmos um a favor de outros. Mc 2: 3-5
• A perseverança ter nenhum serviço. Mt 15: 28

O poder da Fé
Os santos do Antigo Testamento exerceram uma fé nas promessas de Deus. Essa fé foi que sustentaram os. Pela fé o crente reconhece que as coisas temporais e materiais não são mais reais do que Deus. A fé substancia a realidade de Deus. Hb 11: 5-6. Sem a fé toda obra humana fica contaminada pelo pecado. 


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