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No
retorna da Babilônia, era Jerusalém a reconhecida capital da nova
organização nacional, tornando-se mais respeitada e influente a
assembleia, que foi aumentando à medida que os judeus iam habitando os
diversos lugares da Judéia.
Não
há referencias exatas sobre o Sinédrio até o tempo de Antíoco, o
Grande (246-226 a.C.), sendo então chamada GEROUSIA OU SENADO. Sabe-se
que o Sinédrio era composto de 71 membros, escolhidos entre varões
eminentes, entre os quais estava o sumo sacerdote, pertencendo também
ao grupo, pessoas de relações deste.
COMPOSIÇÃO
SUMO SACERDOTE E SACERDOTES
O
Sinédrio era comandado por um presidente que era o sumo sacerdote.
Normalmente os sumo sacerdotes eram do partido dos Saduceus, e eram os
homens mais poderosos do Sinédrio. O sumo sacerdote era o capitão do
templo (Atos 5:24-26). Os sacerdotes mais próximos do presidente
do Sinédrio serviam de tesoureiros, controlando os salários dos outros
sacerdotes e monitorando a vasta quantia de dinheiro que era
arrecadada no Templo.
OS ANCIÃOS
A
Segunda categoria principal dos membros do Sinédrio eram os anciãos.
Esses homens representavam a aristocracia sacerdotal e financeira na
Judéia. Leigos distintos como José Arimatéia (Marcos 15:43), dividiam a
visão conservadora dos saduceus e davam a assembleia à diversidade de
um parlamento moderno.
ESCRIBAS
Os membros mais recentes do Sinédrio eram os escribas. A maioria deles eram fariseus. Eles eram advogados profissionais treinados em teologia, direito e filosofia. Eles eram organizados em grêmios e normalmente seguiam rabinos ou professores célebres. Gamaliel, um escriba famoso do Sinédrio, que aparece no Novo Testamento (Atos 5:34), foi o erudito que instruiu o apóstolo Paulo (Atos 22:3).
NOS DIAS DE JESUS
Nós
sabemos mais sobre alguns aspectos do Sinédrio nos dias de Jesus do
que sabemos sobre ele antes ou depois. Uma coisa que sabemos é a
extensão de sua influência. Oficialmente, o Sinédrio tinha só tinha
jurisdição na Judéia. Mas na prática ele tinha influência na província
da Galiléia e até mesmo em Damasco (Atos 22:5). O trabalho do conselho
era basicamente julgar assuntos da lei judaica quando surgiam
discórdias. Em todos os casos, sua decisão era final. Eles julgavam
acusações de blasfêmia como nos casos de Jesus (Mateus 26:65) e Estevão
(Atos 6:12-14) e também participavam na justiça criminal. Não sabemos
se o Sinédrio tinha o poder de punição capital. O filósofo judeu Filo,
indica que no período romano o Sinédrio podia julgar violações ao
templo. Gentios que eram pegos ultrapassando o recinto do templo eram
avisados sobre uma pena de morte automática. Porém, o Novo Testamento e
o Talmude discordam de Filo nesse ponto de vista. No julgamento de
Jesus, as autoridades estavam convencidas em envolver o governador
romano Pilatos. Parece que só ele ou Herodes tinham poder para mandar
matar Jesus (João 18:31).
Mesmo
assim não há uma certeza, já que no caso de Jesus, havia a proximidade
da Páscoa. Como os judeus estavam em purificação para o evento, não
queriam “sujar” as mãos com uma execução. Isso pode explicar o fato
deles terem praticamente implorado a Pilatos a condenação e execução de
Cristo, como se não tivessem poder ou permissão para isso, e alguns
anos depois o mesmo Sinédrio condenou e executou Estevão. O certo é que
não existe uma certeza do poder de vida e morte do Sinédrio.
Fonte:
ILÚMINA
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